O Euler Santi é um rapaz bem apessoado que está se virando para encenar uma peça sobre o meu amigo Cioran.
Encontro ele numa festa. Ele me chama.
Eu havia dito para ele ler uma pequena peça de um outro romeno (quem me acompanha sabe quem é). Ele comprou o livro - livrinho. Eu disse a ele, se formos encenar quer tal papel. Não faço questão de dirigir. SÓ QUERO TAL PAPEL. Ele topa.
Conversamos sobre Cioran. Uma conversa imensa, louca, avassaladora.
Na verdade, eles me deixam falar. Explodo de alegria ao falar de uma paixão.
O Marião passa perto e estranha - normalmente eu sou tão calado...
Eu disse ao Euler, para mim só existem duas posturas, calado ou terrivelmente falante.
Não causa, isso, a menor impressão.
Fico exausto. Eles vão embora e eu fico - para encontrar aquela amiga encostada no carro de que já falei.
Estamos juntos.
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