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Mostrando postagens de julho, 2011

e eu, que deixei de acreditar

a tati arrasa cantando em francês. o gui aposta em peça juvenil. o gerald continua seu périplo, com seus saltimbancos ingleses. o ruy, acho que no méxico. a lilian, convidando-me para roberto zucco. a lulu, dando o sangue lá no interior (como gostaria de assistir ao que faz - gosto desse negócio de passar o bastão, ou seja, de ensinar). talvez tenha esquecido alguém. paciência. e eu, nisso tudo? não fui ao espetáculo da tati. devo ter visto n vezes menções no facebook, pelo gui, sobre a peça que estrela (música para cortar os pulsos). e li no estado - mandei parabéns a ele. agora mesmo ele está para atuar (221h). assisti duas vezes ao gerald, mas não me animou muito. acompanho o ruy de longe, mas não consigo entrar em suas discussões. a lilian, muito simpática, me perdoa por não ter ido ainda ver a peça. (pausa. tem o jaguar cibernético, em que boto fé, mas que não posso ver por enquanto) vários ex-atores do gerald estão também por aí, apostando em suas carreiras. mas e eu, acredito em

sobre supostos plágios e batidas de carro

creio que foi ao ler chamada de capa na folha sobre suposto plágio cometido pelo felipe hirsch contra um autor norte-americano (acho) que fez com que eu batesse meu carro mais uma vez e precisasse levá-lo para consertar no mecânico que eu já conhecia. ou foi ao ver as fotos do alan garcía depositando a faixa presidencial de um lado e ollanta humala vestindo-a em outra foto. não sei. mas, apesar de haver conhecido algo do drama peruano, ao visitar o país há alguns anos, foi a chamada da peça que seria plágio o que mais me perturbou. sabemos todos que o gerald detesta o hirsch. diz que ele é uma cópia de si, e mal-feita (se não me engano, as palavras são essas), mas sempre é difícil distinguir nas posições do gerald o que é verdade do que parece ser tentativa de trazer os holofotes para nós. não que eu o culpe, imagino como devem ser avassaladoras as pressões dos críticos e de outro lado dos fãs de ocasião ou mesmo dos sinceros. o gerald não é o antunes que tem o sesc como lar, nem é o j

por que estou apelando

eu já nem sei por que escrevo o que escrevo. só sei que preciso. estou no quinto ato dessa minha maior bobagem. uma peça que por enquanto se chama sacrifice. em inglês, mesmo. por que, bom melhor não dizer. como é difícil imaginar. considerar que haverá luz, sombra e cor aqui e acolá, que deve tudo mudar agora, e agora não. que este rapazola entra pelo lado direito e faz movimento determinado (qual?), sem com isso querer dizer alguma coisa. trabalhar o acaso. fazer da partitura um modelo a não ser seguido. mas algo apresentar. algo que supere a simples consciência, algo que vá para além do pré-determinado. alguém poderá achar que apelo, ao insistir em títulos escatológicos nisso que escrevo. não é isso. é fase. preciso - a peça está aí para comprovar - fazer do escatológico algo mais. algo cômico, claro. afinal esta sociedadezinha dá valor demais às aparências. cara, vou e venho e não sei para onde me dirijo. páro por aqui. afinal, ninguém me lê mesmo.

uma outra saída

deve ser para isso que serve o facebook. ontem à noite, enquanto passava mais uma noite mal dormida, conectado (a mim mesmo?), deparei-me diante de um post de aluno do ruy mandando um link com cenas de a vida e a morte de marina abramovic, peça estreada recentemente (de 9 a 16 de julho, pelo que me lembro), lá na inglaterra. caí de boca no youtube. são quatro breves vídeos. um deles, com trechos esparsos, e outros três, com trechos mais extensos, em todos com a presença (macabra?) de willem dafoe e da própria marina. eu nunca tinha ouvido falar dela. cara, há quarenta anos que ela é unanimidade, e eu não sabia. pasmo. bom, disso eu já havia me tocado há alguns dias, pois saiu na ilustrada que a peça estava para ser encenada. foi, e deve ter abafado. o que dizer da luz, o que dizer da fumaça, o que dizer das cores, o que dizer dos atores pendurados, o que dizer do lentíssimo movimento de todas as figuras presentes? eu ainda não havia visto bob wilson em ação. bom, vi. queria ter ficado

mas eu quero estar lá

por que teatro? por que não algo mais viável? por que não algo menos efêmero, que deixe algum registro que não na alma dos ditos cujos, que nunca se dizem aliás? há dias li em algum lugar a descrição de um sujeito que ao subir ao palco reparou que era lá onde ele queria sempre estar. acho que foi o jodorovski, o chileno cultuador do tarô. pois é. foi assim que eu me senti a primeira vez que encarei a todos lá, no sesc vila mariana. o ato haveria de se repetir uma vez. mas desta eu já estava preparado. o negócio havia perdido a graça. vai entender. o armando (antenore) me pergunta se ainda escrevo para teatro. escrevo, sim, armando, como não. mas deveria também lhe dizer que isso, escrever, às expensas do fato de que a vida vai de mal a pior, a grana pouca, a estima menos, e os caminhos, raros e quando existentes árduos a não mais poder. sei que faço parte da tradição, ao ser tudo assim. o teatro foi e ainda é o recanto dos fracassados, daqueles que só podiam mesmo confiar no palco para

algo sobre wilson e kantor

difícil não se sentir provocado ao ler e refletir algo sobre o legado de bob wilson. digo ler e refletir porque nunca vi nada DELE. e aquilo que tem no youtube, embora bonitinho, deixa demais a desejar, após ter lido o livro do galizia (os processos criativos de robert wilson). o fato é que ele, assim como o kantor, deixam-me a impressão de não, nunca ter assistido a nada similar àquilo que eles há tempos já fizeram. como sentir um déja vu face um espetáculo em que nada acontece, e em que os vivos mais parecem mortos, e os mortos (bonecos) como que expressam a vida (kantor)? (se é que eu entendi bem). dele, do kantor, a gente acha algo mais convincente no youtube. mas do wilson, nada. ou muito pouco. bob wilson convenceu-me por exemplo de que não precisamos seguir a rota dos clássicos - e por clássicos me refiro a todos esses que vemos citados aqui e acolá, por gente culta ou nem tanto, como referidos à arte contemporânea. não, realmente não preciso - mas posso querer - ler sobre o fut

assalto ao banco central

assalto ao banco central. como dizer que não gostei dos diálogos das primeiras cenas? foram forçados? meio exterminador do futuro 2? mas melhorou. tramas paralelas legais, dando uma terceira dimensão aos personagens. como não criar empatia com o personagem do gero camilo? a bichinha-crente (devanildo) desanuvia o ambiente. o pastor - esqueci o nome do ator!!!!!, tem gonçalves no fim!!! milton gonçalves!! - é du caralho. a morte do comparsa lembrou o fogo contra fogo, a cena da morte do danny trejo. gostei do ator (quem? juliano cazarré). passa uma certa integridade (!). a cena em que o gabus mendes conta ao barão o chifre lembra outra cena do fogo contra fogo. gostei do personagem do cassio gabus mendes. o daniel filho tá forçado. óculos escuros e tal. quase sempre o milhem cortaz acerta a mão. o resto, normal. terei de chamar este blog de comentários sobre cinema, também? ah, sei lá. de resto: vale a pena assistir? sim, por que não? diversão...
não quero ficar preso contudo à obrigação de só postar aqui o que for resenha ou crítica de teatro. conto que contato a lilian, que conheci com o gerald, e ela me responde, e conversamos animadamente - após ela sair de aula que ministrava - e combinamos de nos encontrarmos no roberto zucco. basta eu ligar. ok. roberto zucco então estará aqui também. pergunto à lu se era rudolph balan e ela me responde, não, é rudolf laban, ah, então é isso, mas que livro caro. um dia. enquanto isso, meu corpo.
de algo a mais tem servido ler e resenhar os livros do kantor e do wilson. assim como refletir nas trajetórias do gerald e de muitos outros. o que de mais importante retiro é a necessidade urgente de pensar a tradição a que nos filiamos. o gerald filia-se à da arte clássica e contemporânea. o wilson à dança, claro, mas também à condição dos desfavorecidos - refiro-me corporalmente ou mesmo intelectualmente (retardados) - e a nossa posição a respeito. e eu? à trajetória da américa latina, a respeito de que tanto acumulei e tanto fui impressionado? à trajetória do rock mal-dito (diferente de maldito)? muito pouco. insisto em beber da água do clássico, da literatura, e mesmo do teatro, mas algo me afasta disso tudo. e não encontro em que direção olhar. um dia, quem sabe... é procurar.

Gargólios, de Gerald Thomas

Da primeira vez que assisti a Gargólios, do Gerald (Thomas), na estréia, achei que não havia entendido. Alguns problemas aconteceram durante o espetáculo (a jovem pendurada, sangrando, passou mal duas vezes, as legendas estavam fora de sincronia, etc.) e um clima estranho parecia haver tomado conta do elenco - ou pelo menos assim eu percebi. De resto, entrei mudo e saí calado. Mas eu já havia combinado assistir novamente o espetáculo, com a Franciny e a Lulu. Minha opinião era de que o Gerald, como de praxe, iria mexer no resultado. Por isso, a opinião ficaria para depois. À la Kant, suspendi meu juízo. Ontem assisti pela segunda vez ao espetáculo. E para minha surpresa muito pouco mudou. Então era isso mesmo. Lembro de que minha última imagem do palco foi ter visto o Gerald saindo orgulhoso. A Franciny disse meu nome a alguem da produção, pedindo para falar com o Gerald. Ele não iria atender, e não atendeu. Lembro-me agora de Terra em trânsito, a peça dele com a Fabi (Fabiana Guglielm