de algo a mais tem servido ler e resenhar os livros do kantor e do wilson. assim como refletir nas trajetórias do gerald e de muitos outros. o que de mais importante retiro é a necessidade urgente de pensar a tradição a que nos filiamos. o gerald filia-se à da arte clássica e contemporânea. o wilson à dança, claro, mas também à condição dos desfavorecidos - refiro-me corporalmente ou mesmo intelectualmente (retardados) - e a nossa posição a respeito. e eu? à trajetória da américa latina, a respeito de que tanto acumulei e tanto fui impressionado? à trajetória do rock mal-dito (diferente de maldito)? muito pouco. insisto em beber da água do clássico, da literatura, e mesmo do teatro, mas algo me afasta disso tudo. e não encontro em que direção olhar. um dia, quem sabe... é procurar.
Da primeira vez que assisti a Gargólios, do Gerald (Thomas), na estréia, achei que não havia entendido. Alguns problemas aconteceram durante o espetáculo (a jovem pendurada, sangrando, passou mal duas vezes, as legendas estavam fora de sincronia, etc.) e um clima estranho parecia haver tomado conta do elenco - ou pelo menos assim eu percebi. De resto, entrei mudo e saí calado. Mas eu já havia combinado assistir novamente o espetáculo, com a Franciny e a Lulu. Minha opinião era de que o Gerald, como de praxe, iria mexer no resultado. Por isso, a opinião ficaria para depois. À la Kant, suspendi meu juízo. Ontem assisti pela segunda vez ao espetáculo. E para minha surpresa muito pouco mudou. Então era isso mesmo. Lembro de que minha última imagem do palco foi ter visto o Gerald saindo orgulhoso. A Franciny disse meu nome a alguem da produção, pedindo para falar com o Gerald. Ele não iria atender, e não atendeu. Lembro-me agora de Terra em trânsito, a peça dele com a Fabi (Fabiana Guglielm...
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