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Mostrando postagens de maio, 2014

Estatísticas - Maio/ 2014

reflexão sobre fazer o de que gosta

agora entendo. fazer apenas o que se quer tem diversas vantagens, apesar do preço alto que - quase sempre - cumpre pagar. a primeira é não fazer o que não se quer. ou conviver só com quem se deseja conviver. ou ler só o que se tem vontade de ler. ou não dar importância alguma àquilo que os outros acham. assim sendo, sobra muito tempo para realmente refletir e - se for uma pessoa ligada à arte - escrever ou criar o que se quer. quem faz o de que não gosta não consegue se afastar de influências, situações e pessoas que não lhe fazem bem. daí que para encontrar o de que de fato gosta torna-se muito mas muito difícil. e fazer algo nesse sentido quase impossível. entendi.

então

mana, não vale a pena pagar... lembro da música de abertura de ovelhas que voam se perdem no céu. saudades da peça em que eu fazia um maconhado e um cara é interessante como as coisas nos afetam e surgem do nada no nosso consciente a vida no teatro é interessante mas é sofrida também optar pela via da arte é optar pela via difícil de viver. mas sem ela a vida não parece ter a mínima graça dizem por aí que peças antigas voltarão elas sempre voltam em nós

clavículas, última

as peças du mal terminam hoje. ovelhas terminou sexta. dentes, ontem. hoje, clavículas. tudo, uma grande curtição. faço dois papéis nesta última. um segurança e um cara que tenta engravidar a mulher (zé augusto). depois que fizeram um novo acesso às coxias, passei a entrar com o segurança bem à esquerda do público. poucos centímetros. na verdade, desde o começo foi assim. isso me faz curtir as reações da plateia bem do ladinho. percebo quando a plateia curte um ou outro trejeito. quando fica amuada com um jeito mais violento do personagem. percebo tudo. é interessante. das outras vezes não era bem assim. das outras vezes, o palco era mais profundo para mim e para o pablo, que contracena comigo. desta vez eu fico numa resga de luz. não saio da linha com o risco de sair completamente da luz. o mesmo acontece com o zé augusto. eu tenho um pequeno bife e chamo a cidinha, a maravilhosa majeca, que aparece para dar o seu bote. eu fico o tempo todo meio que à mercê de seus desejos. l

Killer Joe, de Tracy Letts (tradução Maurício Arruda Mendonça)

Tracy Letts é um autor da moda. É o criador e roteirista do recente Álbum de Família, com a Meryl Streep, em interpretação memorável, e atualmente está nos teatros (no CIT-Ecum, para ser mais exato) com Bichado (Bug). Killer Joe é uma peça que ele escreveu em 1993 em homenagem à sua companheira, Holly Wantuch. Tudo passa-se num trailer. Chris, filho mais novo de Ansel e sua primeira esposa, aparece devendo dinheiro aos traficantes do local - Dallas - e com uma ideia maluca a propor ao pai - matar a mãe e ficar com o seguro (que iria para a irmã mais nova dele, Dottie). Para isso propõe contratar Joe Cooper, o Killer Joe, policial que é também matador. A peça gira em torno do contrato com Killer Joe e o desenrolar da trama - na medida em que Killer se deixa atrair por Dottie. Chris e Ansel "dão" Dottie para ele, como Sinal ou entrada, e enquanto isso Chris continua chegando fudido - os traficantes dão lhe repetidos paus para que devolva a grana que é deles. Chris se arrepend

uma substituição - a val

conheço a valentine durant há - creio - uns dois anos. fizemos a oficina da lulu, a peça dela - bestas mortes -, depois perdemos brevemente o contato e nos encontramos novamente no teatro cemitério. ela agora com um emprego legal e sempre aparecendo para tomar umas e - ela - passar lá na kitsch - que me apresentou. desde então, ela tem aparecido aqui e acolá, participado de meu grupo - as garotas do contrera (que logo vai mudar de nome porque entraram uns marmanjos) - e há pouco, ajudando o marião em killer joe (com a gabriella spaciari). por que falo dela agora? porque ela, hoje, vai substituir a toty em ovelhas. vai fazer uma puta, contracenando com o eldo. lembro quando ela me disse que ia rolar (a substituição). estava super feliz. eu fiquei muito contente. ela queria comemorar. pelo jeito, comemorou. mas se virou, apareceu estes dias com a toty e o eldo para pegar o bastão e hoje faz sua estreia, na última apresentação da peça. vai começar terminando. dirigi a val recentemen

último dia de ovelhas que voam se perdem no céu - saudades

este fim de semana (a contar a partir de hoje) terminam as apresentações de ovelhas que voam se perdem no céu e clavículas. faço dois papéis em cada uma. são mais de 17 integrantes em cada peça, por isso chega a ser um baita privilégio fazer mais que um papel. antes, eu havia feito dias e noites, do lucas mayor, que ficou uns 3 meses em cartaz, e à queima-roupa, de e com o marião, que ficou a mesma leva. em todas as peças aprendi muito. venho lendo em simultâneo diversos livros sobre atuação e sentido e colocado em prática algumas lições. mas como em tudo que se refere a arte o aprendizado é sempre eterno. comento alguma coisa. em ovelhas, um dos meus personagens é um maconhado. a maior parte do tempo ele só diz monossílabos - "é" ou "só" -, e as (quase sempre) breves frases que fala saem como que em transe. o transe é a sacada. desde sempre o marião me diz para estender as palavras o máximo possível, e o nelsinho também me deu o toque. minha principal vivênc