Pular para o conteúdo principal

uma substituição - a val

conheço a valentine durant há - creio - uns dois anos.
fizemos a oficina da lulu, a peça dela - bestas mortes -, depois perdemos brevemente o contato e nos encontramos novamente no teatro cemitério. ela agora com um emprego legal e sempre aparecendo para tomar umas e - ela - passar lá na kitsch - que me apresentou.
desde então, ela tem aparecido aqui e acolá, participado de meu grupo - as garotas do contrera (que logo vai mudar de nome porque entraram uns marmanjos) - e há pouco, ajudando o marião em killer joe (com a gabriella spaciari).
por que falo dela agora?
porque ela, hoje, vai substituir a toty em ovelhas. vai fazer uma puta, contracenando com o eldo.
lembro quando ela me disse que ia rolar (a substituição). estava super feliz. eu fiquei muito contente. ela queria comemorar. pelo jeito, comemorou. mas se virou, apareceu estes dias com a toty e o eldo para pegar o bastão e hoje faz sua estreia, na última apresentação da peça. vai começar terminando.
dirigi a val recentemente numa das cenas das garotas do contrera, no club noir.
foi então que percebi o quanto ela necessita acreditar. ela levou algum tempo para perceber que havia coisas não escritas nas falas que disse que eram mais importantes do que tudo. deixou-se levar pela minha batuta e arrasou. fez como devia. o pessoal gostou bastante.
estou muito feliz por ela, hoje. que arrase.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Gargólios, de Gerald Thomas

Da primeira vez que assisti a Gargólios, do Gerald (Thomas), na estréia, achei que não havia entendido. Alguns problemas aconteceram durante o espetáculo (a jovem pendurada, sangrando, passou mal duas vezes, as legendas estavam fora de sincronia, etc.) e um clima estranho parecia haver tomado conta do elenco - ou pelo menos assim eu percebi. De resto, entrei mudo e saí calado. Mas eu já havia combinado assistir novamente o espetáculo, com a Franciny e a Lulu. Minha opinião era de que o Gerald, como de praxe, iria mexer no resultado. Por isso, a opinião ficaria para depois. À la Kant, suspendi meu juízo. Ontem assisti pela segunda vez ao espetáculo. E para minha surpresa muito pouco mudou. Então era isso mesmo. Lembro de que minha última imagem do palco foi ter visto o Gerald saindo orgulhoso. A Franciny disse meu nome a alguem da produção, pedindo para falar com o Gerald. Ele não iria atender, e não atendeu. Lembro-me agora de Terra em trânsito, a peça dele com a Fabi (Fabiana Guglielm

(Em) Branco (de Patricia Kamis, dir. Roberto Alvim, Club Noir, 3as a 5as durante o mês de agosto)

Fui à estreia da segunda peça da leva de oito novos selecionados que o Alvim vai encenar municiado de sua leitura na noite anterior. Esperava ver algo relativamente tradicional e nutria um certo receio de déja vu. A atriz e os dois atores permanecem estáticos em quadrados iluminados por baixo. O caráter estático não se refere apenas ao corpo em contraponto com o rosto, mas também a este, mutável apenas (e repentinamente) por expressões fugazes. Os olhares permanecem fixos. O texto segue a ordem 1, 2, 3 (segundo o Alvim, emissores mas não sujeitos), que eu imaginava que iria entediar. As falas são ora fugazes ora propositalmente lentas e sua relação tem muito a ver com o tempo assumido em um e outro momento. Não irei entrar no âmago da peça. Nem irei reproduzir o que a própria autora, o dramaturgo Luciano Mazza e o próprio Alvim disseram no debate posterior a ela. Direi apenas que durante ela nossa sensibilidade é jogada de um lado a outro num contínuo aparentemente sem fim sem c