deve ser para isso que serve o facebook.
ontem à noite, enquanto passava mais uma noite mal dormida, conectado (a mim mesmo?), deparei-me diante de um post de aluno do ruy mandando um link com cenas de a vida e a morte de marina abramovic, peça estreada recentemente (de 9 a 16 de julho, pelo que me lembro), lá na inglaterra.
caí de boca no youtube. são quatro breves vídeos. um deles, com trechos esparsos, e outros três, com trechos mais extensos, em todos com a presença (macabra?) de willem dafoe e da própria marina.
eu nunca tinha ouvido falar dela. cara, há quarenta anos que ela é unanimidade, e eu não sabia. pasmo. bom, disso eu já havia me tocado há alguns dias, pois saiu na ilustrada que a peça estava para ser encenada. foi, e deve ter abafado.
o que dizer da luz, o que dizer da fumaça, o que dizer das cores, o que dizer dos atores pendurados, o que dizer do lentíssimo movimento de todas as figuras presentes? eu ainda não havia visto bob wilson em ação. bom, vi.
queria ter ficado embasbacado. mas, sei lá, algo em tudo parecia déja vu, que coisa. tudo tão bonito, e ao mesmo tempo tão marcado. vez ou outra, observando dafoe, meu olhar de repente afastou-se e vi apenas um homem rastejando envolvido em fumaça. o estranhamento do espetáculo se foi. esfumou-se.
a lulu disse-me quando veio a sampa a decepção que foi assistir um espetáculo qualquer no living theater. eu disse, é mesmo? ela, ro, a cortina era sustentada por um clips (não foi bem clips que ela disse, a palavra me foge, mas vocês entenderam). mas, e o espetáculo? ela, ro, eles ainda falavam da revolução sexual (não foi bem isso que ela disse, desculpem novamente). bom, vocês entenderam.
foi similar à minha percepção ao visitar hollywood e não ver NADA. nada de bom. tirando o sanduíche. e a coca-cola à vontade.
cara, algo em mim parece descolar-se do pouco que ando vendo. algo em mim parece buscar algum outro, alguma outra saída. o que será, não sei. mas não vejo mais nada de novo. mesmo.
ah, como gostaria de ter assistido as peças que o ruy e a lu assistiram recentemente. mas preciso me manter. e fora do teatro.
ontem à noite, enquanto passava mais uma noite mal dormida, conectado (a mim mesmo?), deparei-me diante de um post de aluno do ruy mandando um link com cenas de a vida e a morte de marina abramovic, peça estreada recentemente (de 9 a 16 de julho, pelo que me lembro), lá na inglaterra.
caí de boca no youtube. são quatro breves vídeos. um deles, com trechos esparsos, e outros três, com trechos mais extensos, em todos com a presença (macabra?) de willem dafoe e da própria marina.
eu nunca tinha ouvido falar dela. cara, há quarenta anos que ela é unanimidade, e eu não sabia. pasmo. bom, disso eu já havia me tocado há alguns dias, pois saiu na ilustrada que a peça estava para ser encenada. foi, e deve ter abafado.
o que dizer da luz, o que dizer da fumaça, o que dizer das cores, o que dizer dos atores pendurados, o que dizer do lentíssimo movimento de todas as figuras presentes? eu ainda não havia visto bob wilson em ação. bom, vi.
queria ter ficado embasbacado. mas, sei lá, algo em tudo parecia déja vu, que coisa. tudo tão bonito, e ao mesmo tempo tão marcado. vez ou outra, observando dafoe, meu olhar de repente afastou-se e vi apenas um homem rastejando envolvido em fumaça. o estranhamento do espetáculo se foi. esfumou-se.
a lulu disse-me quando veio a sampa a decepção que foi assistir um espetáculo qualquer no living theater. eu disse, é mesmo? ela, ro, a cortina era sustentada por um clips (não foi bem clips que ela disse, a palavra me foge, mas vocês entenderam). mas, e o espetáculo? ela, ro, eles ainda falavam da revolução sexual (não foi bem isso que ela disse, desculpem novamente). bom, vocês entenderam.
foi similar à minha percepção ao visitar hollywood e não ver NADA. nada de bom. tirando o sanduíche. e a coca-cola à vontade.
cara, algo em mim parece descolar-se do pouco que ando vendo. algo em mim parece buscar algum outro, alguma outra saída. o que será, não sei. mas não vejo mais nada de novo. mesmo.
ah, como gostaria de ter assistido as peças que o ruy e a lu assistiram recentemente. mas preciso me manter. e fora do teatro.
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