Após assistir mais uma peça no Viga, no Sumaré, lá fui eu ver mais três curtas no evento que ocorre toda quarta às 23h nos Parlapatões. Economizei para dar 5 reais ao pessoal. É preciso ajudar a manter a bagaça.
Lá chegando, sou encontrado pela Renatinha, com a qual converso a respeito de minha reentrada e de uma nova cena com ela. Terminamos a conversa depois dos curtas, que ela viu ao meu lado. Havia pouca gente, mas faço o que posso.
O grupo se dividiu, parte dele rumando, ao menos em parte, a um projeto de um cara com quem troquei altercações aqui no Face, bem no começo. Acompanhei um certo ar de "traição" por parte de alguns deles, mas o fato é que traição não existe, quem "trai" abraça mais forte suas próprias paixões e escolhas. A Rebeca aparece depois, e sinto nela um certo ar de cansaço e, diria, quase de constrangimento.
Chega o Sugar e falamos um pouco sobre a peça dele, lá no Cemitério de Automóveis. Ele "reclama" do grau de exigências de que é feito o teatro. Falo a ele que é assim mesmo, e é. Ele, o Sugar, tem toda uma cabeça moldada pelo centrão, o que perpassa facilmente na peça "Monalisa Underwear", embora haja também um conflito latente em suas convicções, algo da classe média baixa com que temos de lidar todo dia.
Falamos depois a Lê, a Paloma e eu sobre uma cena conjunta. Sinto-me quase uma escada durante a cena, mas não reclamo. Há todo um caminho a percorrer para fazer o esforço render. Não vai ser nada fácil.
Reflito e falo à Renatinha que de certa maneiro estou agora, só agora, começando as oficinas de interpretação com as quais espero dar vazão aos meus paradoxos e sofrimentos, alguns encalacrados. Só agora porque só agora começo a encarnar personagens que nada têm a ver comigo (mesmo). Como atribuir credibilidade a efeitos internos dos quais temos um controle apenas aparente? Não faço a menor ideia.
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