Os 10 anos do Fomento renderam um festival de atrações dispersas por toda a cidade.
A problemática indígena sempre me atraiu. O título da peça dava-me vontade de embarcar em viagens inusitadas.
O palco, ambientado no espaço inferior da sede do Redimunho, dividia-se em três. Num primeiro momento, via-se uma figura redonda no centro. Não se sabia o que significava. Ao seu redor, um espaço circular em que os personagens passaram a circular. Atrás um ambiente que separava o que acontecia às vistas de todos de um fundo opaco, em que as personagens passaram a sumir.
Taynakan deve ter sido o pajé, que começou com a história do nascimento do mundo. A figura redonda mostrou ser um ser humano sugerindo o começo do mundo na figura de um homem. A figura espalhou-se pelo espaço circular até assumir a figura de um homem de carne e osso. Taynakan continuava contando histórias, relacionando os diversos povos indígenas a povoar a amazônia.
Num determinado momento, entra uma figura feminina que se mete a cantar. A mesma atriz, por sua vez, num outro momento, encarna o capital que entra na floresta buscando aplainar tudo em nome do progresso. A personagem caricata não motiva oposição a ela, nem aprofunda qualquer entendimento. O pajé grita para ela ir embora, os índios que surgem em seguida também, num ritual de afastamento que não dá margem a qualquer empatia.
Ao final, todos cantam e desafinam letras que mal conseguem balbuciar. Nota-se o esquecimento e o improviso.
Ao final, o ator que fazia o pajé diz que foi uma espécie de brincadeira querendo aproximar o espectador do universo indígena. Surge-me certa indignação com a displicência do trato. O material merecia melhor tratamento. O material até atraiu, mas o amadorismo quase põe tudo a perder.
A problemática indígena sempre me atraiu. O título da peça dava-me vontade de embarcar em viagens inusitadas.
O palco, ambientado no espaço inferior da sede do Redimunho, dividia-se em três. Num primeiro momento, via-se uma figura redonda no centro. Não se sabia o que significava. Ao seu redor, um espaço circular em que os personagens passaram a circular. Atrás um ambiente que separava o que acontecia às vistas de todos de um fundo opaco, em que as personagens passaram a sumir.
Taynakan deve ter sido o pajé, que começou com a história do nascimento do mundo. A figura redonda mostrou ser um ser humano sugerindo o começo do mundo na figura de um homem. A figura espalhou-se pelo espaço circular até assumir a figura de um homem de carne e osso. Taynakan continuava contando histórias, relacionando os diversos povos indígenas a povoar a amazônia.
Num determinado momento, entra uma figura feminina que se mete a cantar. A mesma atriz, por sua vez, num outro momento, encarna o capital que entra na floresta buscando aplainar tudo em nome do progresso. A personagem caricata não motiva oposição a ela, nem aprofunda qualquer entendimento. O pajé grita para ela ir embora, os índios que surgem em seguida também, num ritual de afastamento que não dá margem a qualquer empatia.
Ao final, todos cantam e desafinam letras que mal conseguem balbuciar. Nota-se o esquecimento e o improviso.
Ao final, o ator que fazia o pajé diz que foi uma espécie de brincadeira querendo aproximar o espectador do universo indígena. Surge-me certa indignação com a displicência do trato. O material merecia melhor tratamento. O material até atraiu, mas o amadorismo quase põe tudo a perder.
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