lembro-me como se fosse hoje da primeira de muitas oficinas de teatro que fiz ao final de 2011 e em 2012. foi sobre dança, com a luá gabarini, do núcleo bartolomeu. à época, eu havia me aproximado do pessoal após assistir orfeu mestiço e estava curioso com o trabalho deles, que envolve a cultura hip hop, dramaturgia brechtiana e outros recursos desse universo.
a luá, simpaticíssima, orientou o pessoal em trabalhos coletivos, após uma repetição constante de movimentos simples da cultura hip hop. os trabalhos formavam uma dança total que fazia a diferença. foi muito curta, a oficina, porém, e os resultados ficaram a depender de trabalhos posteriores.
depois da luá, foi a vez do eugênio lima, o dj do grupo, que literalmente amassou os assistentes com sua imensa cultura do assunto. foi com ele que percebi o quão distintas são as várias vertentes no movimento, que se espalhou por todo o mundo com uma velocidade e força assustadoras. percebi também o quanto me atrai o som sujo de um public enemy. mas, sem tempo, não pude me aprofundar nas pesquisas, que pretendo continuar. a maior lição, contudo, se dá no próprio zap, em que rappers de todos os cantos disputam o zap do mês e mostram a que ponto pode chegar a evolução da palavra naquelas paragens. a tal ponto me influenciaram que um dia fiz uma intervenção do tipo free style sem o saber.
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