eu havia sido avisado do breu.
por isso não foi nenhuma surpresa ser invadido pela dúvida com os movimentos e falas em completa escuridão.
mas havia um quê de inusitado nas falas. elas motivavam múltiplas leituras, deixavam muito em aberto.
o contato entre as duas personagens se deu num misto de incredulidade e ausência de surpresa.
mas o contínuo contato entre elas e suas realidades fazia tudo mudar continuamente de figura. ora elas estavam em contato tentando aproximar-se uma da outra, ora havia uma desconfiança primeva a dominar tudo, e tudo ficava em suspenso, ora essas desconfianças eram superadas pelo novo contato e assim por diante.
tomei dois putas sustos que me deixaram com medo. eu não sabia mais o que iria acontecer. havia um medo latente - quem sabe na possível presença de um cão, havia uma quase vontade de sair para não mais sofrer. o susto dominava o medo.
o enlace entre as duas personagens, nunca sabendo o que iria acontecer ou mesmo o que estava acontecendo, ocorria num suspense que fazia-me esquecer do desempenho das atrizes, a tal ponto era imbricado na trama, ora em sua ausência.
os motivos visuais continuavam a aparecer. e a água fervia. e as bicas escorriam. e as atrizes cortavam vegetais diversos. e as velas iluminavam, mas também muito deixavam às escuras, e o medo dominava. de repente as coisas funcionavam, as luzes, o telefone sempre a tocar sem ninguém atender, e eu ficava cada vez mais amedrontado.
surgia uma luz e era recitada uma espécie de poema. de repente ela falava o mar. e tudo ficava na completa escuridão - não digo fisicamente, digo em minha tênue compreensão.
a produção havia caprichado realmente. as janelas abriam, aparecia um jardim mal cuidado. tudo criava uma ilusão de ótica que me deixava apalermado. não era possível. não podia ser possível.
surge uma voz gravada. surge uma possível explicação. surge um telefonema atendido. surge a dúvida.
ao fim, o embate entre as personagens se acirrava, e a trama ia para lá e para cá, causando um breve e tênue desinteresse. mas de fato tudo se mantinha aceso, tudo deveria levar a algum lugar.
ao final, realmente, elas dizem a respeito de enterrar - e vemos um corpo. vemos digo imaginamos. não vemos. mas vemos.
tudo termina com o desenrolar a história mal contada, mal recontada, mal preenchida, tudo uma história.
maravilhoso, tudo. não importava a trama.
por isso não foi nenhuma surpresa ser invadido pela dúvida com os movimentos e falas em completa escuridão.
mas havia um quê de inusitado nas falas. elas motivavam múltiplas leituras, deixavam muito em aberto.
o contato entre as duas personagens se deu num misto de incredulidade e ausência de surpresa.
mas o contínuo contato entre elas e suas realidades fazia tudo mudar continuamente de figura. ora elas estavam em contato tentando aproximar-se uma da outra, ora havia uma desconfiança primeva a dominar tudo, e tudo ficava em suspenso, ora essas desconfianças eram superadas pelo novo contato e assim por diante.
tomei dois putas sustos que me deixaram com medo. eu não sabia mais o que iria acontecer. havia um medo latente - quem sabe na possível presença de um cão, havia uma quase vontade de sair para não mais sofrer. o susto dominava o medo.
o enlace entre as duas personagens, nunca sabendo o que iria acontecer ou mesmo o que estava acontecendo, ocorria num suspense que fazia-me esquecer do desempenho das atrizes, a tal ponto era imbricado na trama, ora em sua ausência.
os motivos visuais continuavam a aparecer. e a água fervia. e as bicas escorriam. e as atrizes cortavam vegetais diversos. e as velas iluminavam, mas também muito deixavam às escuras, e o medo dominava. de repente as coisas funcionavam, as luzes, o telefone sempre a tocar sem ninguém atender, e eu ficava cada vez mais amedrontado.
surgia uma luz e era recitada uma espécie de poema. de repente ela falava o mar. e tudo ficava na completa escuridão - não digo fisicamente, digo em minha tênue compreensão.
a produção havia caprichado realmente. as janelas abriam, aparecia um jardim mal cuidado. tudo criava uma ilusão de ótica que me deixava apalermado. não era possível. não podia ser possível.
surge uma voz gravada. surge uma possível explicação. surge um telefonema atendido. surge a dúvida.
ao fim, o embate entre as personagens se acirrava, e a trama ia para lá e para cá, causando um breve e tênue desinteresse. mas de fato tudo se mantinha aceso, tudo deveria levar a algum lugar.
ao final, realmente, elas dizem a respeito de enterrar - e vemos um corpo. vemos digo imaginamos. não vemos. mas vemos.
tudo termina com o desenrolar a história mal contada, mal recontada, mal preenchida, tudo uma história.
maravilhoso, tudo. não importava a trama.
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