o livro do marião me coloca umas questões.
em certo momento, ele diz que não tem nada a ver com certos filmes, livros, o escambau. que tirou seu universo de outros lugares. tipo - claro - buk, kerouac, cassavetes, etc. uma penca.
isso fez-me pensar não em meu teatro - que praticamente não existe, na verdade. fez-me pensar naquilo que realmente aprecio. ou naquilo que me marcou - ou que marca. e não sei.
venho postando links do youtube no face para me lembrar de alguma coisa. mas o que sobra é tão parco. não tem densidade, sabem. porra, qual o acréscimo que teria alguém que só ouvia iron maiden? nada contra quem ouvia ou mesmo ouve. não é um universo, realmente. ou é?
caralho, quando criança eu dançava cueca, a dança nacional chilena. isso me marcou, realmente? ouço los huasos quincheros e realmente não estranho. são vozes de outrora que fazem com que me sinta bem - embora nem goste tanto da música. como canções de ninar.
quando eu era moleque, nossa babá era - até certo ponto - mais importante que minha mãe. justi - justina paidil - quase vem ao brasil. mas ficou por lá - não sei por quê. morreu na miséria - eu a visitei pouco antes e tirei uma foto que NÃO CONSIGO ACHAR. houve época em que refleti a respeito. mas a dor é tanta que geralmente prefiro esquecer. ou fingir que esqueço.
o marião não tá nem aí. ele conta a vida como quem pisa o asfalto. não se preocupa com nada, aparentemente. quer aproveitar a vida naquilo que ela - quase sem querer às vezes - lhe oferece. como seus heróis. sim, tenho algo a ver com alguns de seus heróis. heróis? sei lá.
é gostoso para caralho ler as microhistórias que ele transcreve sobre seus amigos, com seus amigos, com alguns inimigos, com gente escrota, com gente legal, gente que se foi. há tempos eu não lia de forma tão prazerosa - e olha que sou chato para caralho. bom, isso vocês já sabem.
vez ou outra o marião fala lá no face algo sobre atitudes que lhe desagradam.
é triste admitir, mas às vezes eu me sinto na pele dos babacas que ele prestidigita. "prestidigita" estará certo? procurei e aparentemente não tem nada a ver (ilusionista). mas lá no fundo pode ter.
então, é chato, mas é claro que por algum motivo eu pareço não saber viver - como muitos babacas que vejo por aí e com os quais (creio) não me identificar.
então entro numa microcrise. no fundo, foda-se. preciso aceitar a vida como ela aparece. mas também não podemos nos render. se fazemos algo insuportável, temos de nos corrigir. ao menos penso que viver também é isso.
sei lá.
sinto na verdade que as andanças do marião me trazem à mente, e cada vez mais, as jornadas de um homem comum rumo à aceitação do destino ou da santidade.
mas como eu devo ser tão inapto como o cioran nessa busca, acho que páro por aqui.
em certo momento, ele diz que não tem nada a ver com certos filmes, livros, o escambau. que tirou seu universo de outros lugares. tipo - claro - buk, kerouac, cassavetes, etc. uma penca.
isso fez-me pensar não em meu teatro - que praticamente não existe, na verdade. fez-me pensar naquilo que realmente aprecio. ou naquilo que me marcou - ou que marca. e não sei.
venho postando links do youtube no face para me lembrar de alguma coisa. mas o que sobra é tão parco. não tem densidade, sabem. porra, qual o acréscimo que teria alguém que só ouvia iron maiden? nada contra quem ouvia ou mesmo ouve. não é um universo, realmente. ou é?
caralho, quando criança eu dançava cueca, a dança nacional chilena. isso me marcou, realmente? ouço los huasos quincheros e realmente não estranho. são vozes de outrora que fazem com que me sinta bem - embora nem goste tanto da música. como canções de ninar.
quando eu era moleque, nossa babá era - até certo ponto - mais importante que minha mãe. justi - justina paidil - quase vem ao brasil. mas ficou por lá - não sei por quê. morreu na miséria - eu a visitei pouco antes e tirei uma foto que NÃO CONSIGO ACHAR. houve época em que refleti a respeito. mas a dor é tanta que geralmente prefiro esquecer. ou fingir que esqueço.
o marião não tá nem aí. ele conta a vida como quem pisa o asfalto. não se preocupa com nada, aparentemente. quer aproveitar a vida naquilo que ela - quase sem querer às vezes - lhe oferece. como seus heróis. sim, tenho algo a ver com alguns de seus heróis. heróis? sei lá.
é gostoso para caralho ler as microhistórias que ele transcreve sobre seus amigos, com seus amigos, com alguns inimigos, com gente escrota, com gente legal, gente que se foi. há tempos eu não lia de forma tão prazerosa - e olha que sou chato para caralho. bom, isso vocês já sabem.
vez ou outra o marião fala lá no face algo sobre atitudes que lhe desagradam.
é triste admitir, mas às vezes eu me sinto na pele dos babacas que ele prestidigita. "prestidigita" estará certo? procurei e aparentemente não tem nada a ver (ilusionista). mas lá no fundo pode ter.
então, é chato, mas é claro que por algum motivo eu pareço não saber viver - como muitos babacas que vejo por aí e com os quais (creio) não me identificar.
então entro numa microcrise. no fundo, foda-se. preciso aceitar a vida como ela aparece. mas também não podemos nos render. se fazemos algo insuportável, temos de nos corrigir. ao menos penso que viver também é isso.
sei lá.
sinto na verdade que as andanças do marião me trazem à mente, e cada vez mais, as jornadas de um homem comum rumo à aceitação do destino ou da santidade.
mas como eu devo ser tão inapto como o cioran nessa busca, acho que páro por aqui.
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