eu estava encucado. queria porque queria comprar o livro do marião mas ao mesmo tempo sentia um certo desconforto. caralho, se todos os textos estão no blog. caralho, se estou tão curto de grana. caralho, porra, eu queria mesmo ter a porra do livro. caralho, o que fazer.
o marião iria achar engraçado. fui eu lá pagar meu analista. e claro, jogar o meu pôquer com o inferno dentro de mim mesmo. não vou ficar enchendo o saco contando porra nenhuma. só digo que, sério, sério mesmo, tá foda.
tava todo mundo lá. o livro lá, com cara da jack daniel's. caralho, que capa. e eu, dividido. porra, e a grana, caralho. tava com sessentinha no bolso e preciso ainda pedir para conectar minha lavadora, porra. mas tava lá a maquininha. o que não fazem esses porras com o dinheiro de plástico. fui lá. e não me arrependi. lá veio o marião e eu, com o livro na mão. lá foi ele autografar. caralho, fiquei feliz. depois li a dedicatória e ainda mais.
mas então, fiquei mais um pouco. pois como sempre acontece, mesmo após um show legal para caralho, embora cheio de percalços que todo mundo notou, eu fico meio sem ter o que fazer e sem saber conversar com ninguém. não adianta. as garotas olham para os outros lados, e eu me encho o saco rápido. tinha que sair de fininho como sempre.
mas faço algo inusitado: me embebedo - pela primeira vez, de bate pronto - com - caralho, apenas - uma heineken. fiquei lá eu tomando sem parar, olhando a fernanda contar da sua banda, que vai tocar esta quarta lá no noir, e reparando no movimento, sempre meio que apegado à parede, sem ter o que fazer nem muito para onde olhar.
o álcool fez seu efeito e eu fui lá ao carro, descansar. joguei o banco para trás e tentei dormir. não consegui. fiquei meio chapado, olhando o mundo girar um pouco, e esperando o efeito passar para pegar o carro e ir embora. preferi pagar um café para me acordar. daí olhei mais um pouco todo mundo, dei uns chaus aqui e acolá e pronto.
li o livro em casa. e caralho, não é que gostei. algo faz com que ele tenha uma densidade, assim, todo escolhido. ou mesmo sem densidade, com que puxe umas risadas que a gente faz gosto de ter. algumas histórias eu já havia lido aqui e acolá, até mesmo no face, acho, mas o efeito foi diferente. havia algo de documento, há algo de documento, de bem pessoal nesses testemunhos sob a forma de textos num livro com cara de jack daniel's. precisei terminar um filme - preciso devolvê-los - e deixei o livro descansando do lado de minha poltrona toda arrebentada pelos gatos que não temos mais.
falei, falei, só para dizer que gostei da noite. mesmo que curta, foi bem legal. regada a robertão, claro.
o marião iria achar engraçado. fui eu lá pagar meu analista. e claro, jogar o meu pôquer com o inferno dentro de mim mesmo. não vou ficar enchendo o saco contando porra nenhuma. só digo que, sério, sério mesmo, tá foda.
tava todo mundo lá. o livro lá, com cara da jack daniel's. caralho, que capa. e eu, dividido. porra, e a grana, caralho. tava com sessentinha no bolso e preciso ainda pedir para conectar minha lavadora, porra. mas tava lá a maquininha. o que não fazem esses porras com o dinheiro de plástico. fui lá. e não me arrependi. lá veio o marião e eu, com o livro na mão. lá foi ele autografar. caralho, fiquei feliz. depois li a dedicatória e ainda mais.
mas então, fiquei mais um pouco. pois como sempre acontece, mesmo após um show legal para caralho, embora cheio de percalços que todo mundo notou, eu fico meio sem ter o que fazer e sem saber conversar com ninguém. não adianta. as garotas olham para os outros lados, e eu me encho o saco rápido. tinha que sair de fininho como sempre.
mas faço algo inusitado: me embebedo - pela primeira vez, de bate pronto - com - caralho, apenas - uma heineken. fiquei lá eu tomando sem parar, olhando a fernanda contar da sua banda, que vai tocar esta quarta lá no noir, e reparando no movimento, sempre meio que apegado à parede, sem ter o que fazer nem muito para onde olhar.
o álcool fez seu efeito e eu fui lá ao carro, descansar. joguei o banco para trás e tentei dormir. não consegui. fiquei meio chapado, olhando o mundo girar um pouco, e esperando o efeito passar para pegar o carro e ir embora. preferi pagar um café para me acordar. daí olhei mais um pouco todo mundo, dei uns chaus aqui e acolá e pronto.
li o livro em casa. e caralho, não é que gostei. algo faz com que ele tenha uma densidade, assim, todo escolhido. ou mesmo sem densidade, com que puxe umas risadas que a gente faz gosto de ter. algumas histórias eu já havia lido aqui e acolá, até mesmo no face, acho, mas o efeito foi diferente. havia algo de documento, há algo de documento, de bem pessoal nesses testemunhos sob a forma de textos num livro com cara de jack daniel's. precisei terminar um filme - preciso devolvê-los - e deixei o livro descansando do lado de minha poltrona toda arrebentada pelos gatos que não temos mais.
falei, falei, só para dizer que gostei da noite. mesmo que curta, foi bem legal. regada a robertão, claro.
ps: já li um terço do livro. ele conseguiu comer minha noite, caraio.
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