digo ao marião que estou no fim do livro dele. ele parece se espantar.
chato dizer, mas parte da razão é o tamanho da letra. preciso trocar de óculos e enquanto isso não acontece não consigo ler livros com letras miudinhas. nem fudendo.
parte também é minha disposição. tô de saco cheio de seriedade, de histórias com pé e cabeça, de moralengas, de bobajadas. quero textos fortes e ágeis. e mais ainda, quero textos verdadeiros. daqueles que a gente sente por dentro.
é lindo notar que não sabemos nada. é lindo notar o quanto perdemos ao não entendermos os universos de gente tão erudita quanto ele. não digo erudita enquanto a erudição entendida pela maioria. a erudição de alguns é a bobagem para outros. de minha parte, aprendi com o marião a se orgulhar de erudição daquilo de que a gente realmente gosta. não há valores maiores nisso que podemos conceituar como vida cultural. cada um na sua. saber de tudo não é saber do que a academia mais valoriza. não necessariamente. não mesmo.
chegando ao fim do livro, começo desde já a sentir saudades. saudades de todo um universo que me é vislumbrado e com o qual tenho algo, sim, a ver. mas é preciso ter coragem. trilhar o seu próprio caminho. não ter medo de ousar.
o mundo espera.
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