a parte 1 terminou com ivan buscando ser reconduzido ao poder pelas mãos do povo que abandonou numa moscou dominada pelos privilegiados.
na parte 2, ivan consegue seu intento. volta e assume todo o poder. mas pena a ausência de amigos com quem compartilhar sua vida, seu poder. numa sequência difícil, em que ivan se submete a antigo amigo que virou religioso mas que continua obedecendo os privilegiados, nota-se como o poder está sempre por um triz. mal contam os amigos - normalmente do povo - que rodeiam ivan, pois estes são continuadamente desautorizados quando passam a opinar demais - para ivan.
há nesta continuação - que teria ficado inacabada (não noto isso) - três sequências ímpares. primeira, quando vemos ivan jovem sendo defrontado face os representantes das classes abastadas e dos países que bebem da rússia. ivan aparece moço, parecendo uma mulher, sendo manipulado para lá e para cá - as caracterizações dos representantes abastados é completamente maniqueizante - um deles, pequeno, frágil mas capcioso; o outro gordo, enorme, barbudo, forte -, mas cumpre seu papel às mil maravilhas. especialmente na sequência em que ivan se opõe a eles, que dão risadas. mas num determinado momento, quando o gordo se joga na cama da mãe envenenada de ivan, este ordena que o prendam. e a coisa muda de figura. está expresso o rompimento. aquilo que a primeira parte da obra trouxe dado. antes de partir para a outra sequência maravilhosa, nota-se a caracterização dos privilegiados que se vêem destituídos de tudo e que apelam para a religião. (há um momento em que aparecem palhaços e não me lembro de haver visto uns tão fortes e tão expressivos) pois bem, a segunda sequência é quando ocorre uma festa. a festa aparece parcialmente a cores e tudo é absurdamente animado. parece não acabar e prende a atenção de forma desmedida. vemos o filho de um dos amigos do povo de ivan fazendo as vezes de dançarino - lembra-me o cantor raphael, muito conhecido no mundo latino-americano. a terceira sequência maravilhosa é a "coroação" do sobrinho de ivan e sua morte por engano por mensageiro da morte de sua própria mãe e apaniguados. a cantoria desesperançosa, absurdamente destituída de esperança, da mãe (tia de ivan e que envenenou sua mulher) é patética como poucas cenas eu já vi.
menos potente que a primeira parte - talvez porque a surpresa já teria ido na primeira -, a segunda parte demonstra muito do que um cinema de primeira grandeza pode oferecer. mas as saídas não são rocambolescas nem absurdas, são perfeitamente factíveis. imperdível.
na parte 2, ivan consegue seu intento. volta e assume todo o poder. mas pena a ausência de amigos com quem compartilhar sua vida, seu poder. numa sequência difícil, em que ivan se submete a antigo amigo que virou religioso mas que continua obedecendo os privilegiados, nota-se como o poder está sempre por um triz. mal contam os amigos - normalmente do povo - que rodeiam ivan, pois estes são continuadamente desautorizados quando passam a opinar demais - para ivan.
há nesta continuação - que teria ficado inacabada (não noto isso) - três sequências ímpares. primeira, quando vemos ivan jovem sendo defrontado face os representantes das classes abastadas e dos países que bebem da rússia. ivan aparece moço, parecendo uma mulher, sendo manipulado para lá e para cá - as caracterizações dos representantes abastados é completamente maniqueizante - um deles, pequeno, frágil mas capcioso; o outro gordo, enorme, barbudo, forte -, mas cumpre seu papel às mil maravilhas. especialmente na sequência em que ivan se opõe a eles, que dão risadas. mas num determinado momento, quando o gordo se joga na cama da mãe envenenada de ivan, este ordena que o prendam. e a coisa muda de figura. está expresso o rompimento. aquilo que a primeira parte da obra trouxe dado. antes de partir para a outra sequência maravilhosa, nota-se a caracterização dos privilegiados que se vêem destituídos de tudo e que apelam para a religião. (há um momento em que aparecem palhaços e não me lembro de haver visto uns tão fortes e tão expressivos) pois bem, a segunda sequência é quando ocorre uma festa. a festa aparece parcialmente a cores e tudo é absurdamente animado. parece não acabar e prende a atenção de forma desmedida. vemos o filho de um dos amigos do povo de ivan fazendo as vezes de dançarino - lembra-me o cantor raphael, muito conhecido no mundo latino-americano. a terceira sequência maravilhosa é a "coroação" do sobrinho de ivan e sua morte por engano por mensageiro da morte de sua própria mãe e apaniguados. a cantoria desesperançosa, absurdamente destituída de esperança, da mãe (tia de ivan e que envenenou sua mulher) é patética como poucas cenas eu já vi.
menos potente que a primeira parte - talvez porque a surpresa já teria ido na primeira -, a segunda parte demonstra muito do que um cinema de primeira grandeza pode oferecer. mas as saídas não são rocambolescas nem absurdas, são perfeitamente factíveis. imperdível.
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