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O Grande Hotel Budapeste (dir. Wes Anderson)

Que me lembre ou saiba, não havia ainda assistido filmes desse diretor, que pelo visto é bem cotado nos dias que correm. Na verdade, eu nem imaginava claramente a que iria me ver sujeito ao assistir um filme com dezenas de rostos conhecidos. Claro, sabia que era uma comédia. Para apostar nisso, basta ver o cartaz do filme. Não se conseguiria fazer realmente um drama com tamanha exposição.
É uma trama rocambolesca. Que envolve um personagem esquivo que resolve contar ao colega a história do hotel em que estão. A trama é a própria história do hotel. Que envolve um dos Fiennes, como concierge do tal hotel, por volta dos anos 30 em algum lugar (fictício) da Europa. A história é contada sob o ponto de vista do Lobby boy, um imigrante que teve toda a família dizimada e que resolveu se dedicar a essa profissão.
Os personagens, quase todos, são pitorescos. Parece que assistimos a uma história em quadrinhos (os enquadramentos estáticos reforçam a impressão), que se desenvolve agilmente e que nos leva constantemente a rir da situação, dos personagens, da história em si. Não cabe aqui explicar nem uma linha da história: isso vocês mesmos poderão ver.

A comédia toda avança num passo firme, sem acelerar demais aqui e acolá, e sentimos que facilmente embarcamos na brincadeira - pois tudo não passa de uma grande brincadeira. Para quem quer se divertir, pura e simplesmente. Noto contudo que por utilizar de dezenas de personagens tornados vida por muitos atores hollywoodianos conhecidos o filme não aprofunda muito as sensações auferidas de cada um. Tudo parece um grande mostruário em que cada um quer aparecer melhor que o outro. Tudo bem. Não importa. É gostoso de assistir, embora falte-lhe um pouco de maior rapidez. Mas essa é uma opinião lateral que não vale quase nada. Vale a pena.

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