sou inquieto. o ruy um dia me elogiou de forma desmedida dizendo isso mesmo. que sou o cara mais inquieto (com respeito a teatro, ele ressaltou) que conhece.
mas de nada me adianta tanta inquietude.
os segundos passam um após o outro e para pagar as contas preciso trabalhar. gosto do que faço, mas se tivesse grana iria em outras direções, claro. mas não deixaria de trabalhar. em outras coisas. mas faria da minha inquietude, divisa, e da grana, uma forma de satisfazê-la.
não importa "un bleo" o que acontece aqui no meu íntimo. a miríade de planos que eu tenho exigiriam décadas de dedicação - quem sabe exclusiva. muito provavelmente acabarei na praia. olhando o sol nascer.
o teatro é o palco em que - noto - muito do que quero pode virar realidade.
não consigo sequer imaginar no tanto de concessões que eu teria de enfrentar se me metesse a acreditar no cinema como meio de expressão.
há alguns dias, um amigo me indicou um livro sobre roteiro. pronto, as fórmulas. não, não é que eu queira diminuir os laivos de criatividade. é só uma forma de solucionar problemas. e quem disse que eu os tenho, cara pálida? por enquanto, não. e há pelo menos três livros sobre roteiros à minha espera. como se o peckinpah tivesse precisado de algo desse tipo para fazer o que fez... ele apenas aprendeu do don siegel, caralho. na prática.
muito há que me deixa encucado naquilo que vejo no palco. mas vejo tanto por aí que até me sinto bem com tantas dúvidas. há todo um horizonte à minha frente, sem dúvida.
mas recaio em dúvidas, também.
não é possível investir em tantas direções quanto eu quero.
escrever, eu escrevo. dirigir, eu me dirijo. comentar, eu comento. vivenciar, vivencio. mas os sonhos continuam lá, intocáveis. espero grana chegar, é claro. mas não é ela que me pára, é a convicção de que preciso de mais tempo, antes e depois de me dedicar a escrever, propor e às vezes representar.
é o custo da pressa. não tenho o tempo necessário para parar e deixar o tempo fluir como deve. corro atrás do próprio rabo, e permaneço insatisfeito.
de nada adianta elencar objetivos para amigos. os passos não se dão ao espalhá-los por aí. é preciso disciplina, uma disciplina que me mata. que é tão necessária quanto culpada por me sentir numa engrenagem - que é o que mais e menos quero. o que mais quero porque me sinto bem com isso. o que menos quero porque, apesar de tudo, não aguento nada mais que não seja liberdade.
ando inquieto. e insatisfeito.
e de nada me adianta apenas escrever. eu não saio do mesmo lugar de sempre.
mas de nada me adianta tanta inquietude.
os segundos passam um após o outro e para pagar as contas preciso trabalhar. gosto do que faço, mas se tivesse grana iria em outras direções, claro. mas não deixaria de trabalhar. em outras coisas. mas faria da minha inquietude, divisa, e da grana, uma forma de satisfazê-la.
não importa "un bleo" o que acontece aqui no meu íntimo. a miríade de planos que eu tenho exigiriam décadas de dedicação - quem sabe exclusiva. muito provavelmente acabarei na praia. olhando o sol nascer.
o teatro é o palco em que - noto - muito do que quero pode virar realidade.
não consigo sequer imaginar no tanto de concessões que eu teria de enfrentar se me metesse a acreditar no cinema como meio de expressão.
há alguns dias, um amigo me indicou um livro sobre roteiro. pronto, as fórmulas. não, não é que eu queira diminuir os laivos de criatividade. é só uma forma de solucionar problemas. e quem disse que eu os tenho, cara pálida? por enquanto, não. e há pelo menos três livros sobre roteiros à minha espera. como se o peckinpah tivesse precisado de algo desse tipo para fazer o que fez... ele apenas aprendeu do don siegel, caralho. na prática.
muito há que me deixa encucado naquilo que vejo no palco. mas vejo tanto por aí que até me sinto bem com tantas dúvidas. há todo um horizonte à minha frente, sem dúvida.
mas recaio em dúvidas, também.
não é possível investir em tantas direções quanto eu quero.
escrever, eu escrevo. dirigir, eu me dirijo. comentar, eu comento. vivenciar, vivencio. mas os sonhos continuam lá, intocáveis. espero grana chegar, é claro. mas não é ela que me pára, é a convicção de que preciso de mais tempo, antes e depois de me dedicar a escrever, propor e às vezes representar.
é o custo da pressa. não tenho o tempo necessário para parar e deixar o tempo fluir como deve. corro atrás do próprio rabo, e permaneço insatisfeito.
de nada adianta elencar objetivos para amigos. os passos não se dão ao espalhá-los por aí. é preciso disciplina, uma disciplina que me mata. que é tão necessária quanto culpada por me sentir numa engrenagem - que é o que mais e menos quero. o que mais quero porque me sinto bem com isso. o que menos quero porque, apesar de tudo, não aguento nada mais que não seja liberdade.
ando inquieto. e insatisfeito.
e de nada me adianta apenas escrever. eu não saio do mesmo lugar de sempre.
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