continuo lendo o livro do buk, mulheres, e refletindo a respeito da adaptação feita pelo marião.
antes, resta dizer que o livro é uma maçaroca complexa, repleta de idas e vindas, viagens, bebedeiras e cenas de sexo e amor, assim como de reflexões sutis sobre a arte de amar e ser amado.
ontem notei que ao menos uma personagem (a katherine, até a metade do livro) foi simplesmente retirada de cena na adaptação e que outra, a histriônica tammie, foi adaptada sem mencionar o envolvimento amoroso com o buk - que pelo visto foi sério, apesar das maluquices dela. tão sério a ponto de ela ir com o buk a uma leitura em outra cidade, leitura essa com poemas de amor, vários deles direcionados a ela mesma.
não vivemos num mundo ideal. precisamos fazer escolhas e essas foram as escolhas tomadas pelo marião e trupe. sinto agora, contudo, e infelizmente, que a compreensão do todo me foi um pouco deturpada e que não consigo mais identificar uma com outra coisa. a adaptação do marião centrou-se, pelo que noto, no aspecto comedor e indeciso do buk, aspecto esse que tá bem ressaltado no livro. mas algo de sua interioridade ficou para trás. como se suas escolhas tivessem sido de menor importância, e ele não se questionasse profundamente quanto a suas relações.
não consigo imaginar como tudo poderia ter sido feito de outra maneira, contudo. há partes demais que eu só consigo imaginar por meio de solilóquios, e em que avançar na psicologia - algo chato para caralho, na minha opinião - exigiria comprometer o espetáculo em si. e espetáculo está aqui para ser curtido, não é mesmo.
estamos face a duas obras de arte, então. a primeira, o livro, que se basta a si mesma. a segunda, a peça, que também se basta a si mesma. em ambos os casos, o espectador é defrontado face aos mesmos dilemas, mais ou menos aprofundados. em ambos os casos, a solução vem de um profundo questionamento interno por parte do personagem-protagonista. a ação, então, segue uma linha torta que requer uma leitura especial. a escolha, o limite. continuarei lendo e aprendendo com esse todo que me é agora mostrado.
antes, resta dizer que o livro é uma maçaroca complexa, repleta de idas e vindas, viagens, bebedeiras e cenas de sexo e amor, assim como de reflexões sutis sobre a arte de amar e ser amado.
ontem notei que ao menos uma personagem (a katherine, até a metade do livro) foi simplesmente retirada de cena na adaptação e que outra, a histriônica tammie, foi adaptada sem mencionar o envolvimento amoroso com o buk - que pelo visto foi sério, apesar das maluquices dela. tão sério a ponto de ela ir com o buk a uma leitura em outra cidade, leitura essa com poemas de amor, vários deles direcionados a ela mesma.
não vivemos num mundo ideal. precisamos fazer escolhas e essas foram as escolhas tomadas pelo marião e trupe. sinto agora, contudo, e infelizmente, que a compreensão do todo me foi um pouco deturpada e que não consigo mais identificar uma com outra coisa. a adaptação do marião centrou-se, pelo que noto, no aspecto comedor e indeciso do buk, aspecto esse que tá bem ressaltado no livro. mas algo de sua interioridade ficou para trás. como se suas escolhas tivessem sido de menor importância, e ele não se questionasse profundamente quanto a suas relações.
não consigo imaginar como tudo poderia ter sido feito de outra maneira, contudo. há partes demais que eu só consigo imaginar por meio de solilóquios, e em que avançar na psicologia - algo chato para caralho, na minha opinião - exigiria comprometer o espetáculo em si. e espetáculo está aqui para ser curtido, não é mesmo.
estamos face a duas obras de arte, então. a primeira, o livro, que se basta a si mesma. a segunda, a peça, que também se basta a si mesma. em ambos os casos, o espectador é defrontado face aos mesmos dilemas, mais ou menos aprofundados. em ambos os casos, a solução vem de um profundo questionamento interno por parte do personagem-protagonista. a ação, então, segue uma linha torta que requer uma leitura especial. a escolha, o limite. continuarei lendo e aprendendo com esse todo que me é agora mostrado.
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