minha ligação com o jazz remonta a várias décadas, mas, sei lá por quê, acabei deixando de ouvi-lo nos últimos anos e me contentando com um gosto mais rústico a base de rock, metal e quando muito blues. na verdade, creio que o que aconteceu foi que fui me distanciando cada vez mais do gosto puro e simples e guardando mais e mais cds de jazz complexo e de vanguarda que algumas vezes mal lembra jazz, na verdade. esses cds descansam quase intactos, porém, e ficou uma certa saudade que acabei por minimizar este último fim de semana.
eu fazia pós em comunicação - que não concluí. lia sobre marketing e outros negócios ligados a administração. à época, o marketing não grassava em todo lugar, e os estudos que fiz até que fizeram bem lá na usp - refiro-me à fea. nessa mesma época, descobri os grandes do jazz naquela coleção que ainda tenho com alguns dos principais hits de todos eles. não vou citá-los que isso é muito chato.
cito apenas que, nos intervalos dos trabalhos, que eu escrevia numa olivetti que comprei na mesbla (lembram?), eu ouvia art blakey, num dos cds daquela coleção. não queria fazer barulho, por isso colocava os fones e entrava num verdadeiro transe do qual mal conseguia sair, em viagens que fazia pelas madrugadas. escrevo viagens sem aspas.
o art blakey não é nenhum duke ellington, que ouço aliás agora, mas me agrada bem mais. como também me agrada o winton marsalis do começo - não aquele tipo professor que acho bem chato aliás. apesar do cuidado em não fazer barulho, contudo, minha atividade atraía inimizades - até de um cara de bigode que me ameaçou fisicamente mas que, vim saber bem depois, virou mendigo por causa da bebida (claro que bem feito).
voltando ao jazz. algo naquilo que eu ouvia me remetia, e isso bem antes de ouvir ella, billie, ray e quejandos, a uma liberdade que eu apenas intuía e que me veio revelada nas últimas horas por uma biografia de bolso do kerouac. sim, eu me remetia a priscas eras em que a liberdade parece que existia de verdade, e viajava nessa direção que mal iria deixar sementes no futuro regado a procurar trabalho, procurar amor, perder ambos e me encontrar sozinho mas não solitário em busca do metier de escritor.
nada melhor.
agora volto a essas eras e daqui a pouco (é sábado no começo de noite) saio para encontrar o pessoal do marião, do saco de ratos, e curtir um blues com gente que sabe viver a vida à noite.
eu fazia pós em comunicação - que não concluí. lia sobre marketing e outros negócios ligados a administração. à época, o marketing não grassava em todo lugar, e os estudos que fiz até que fizeram bem lá na usp - refiro-me à fea. nessa mesma época, descobri os grandes do jazz naquela coleção que ainda tenho com alguns dos principais hits de todos eles. não vou citá-los que isso é muito chato.
cito apenas que, nos intervalos dos trabalhos, que eu escrevia numa olivetti que comprei na mesbla (lembram?), eu ouvia art blakey, num dos cds daquela coleção. não queria fazer barulho, por isso colocava os fones e entrava num verdadeiro transe do qual mal conseguia sair, em viagens que fazia pelas madrugadas. escrevo viagens sem aspas.
o art blakey não é nenhum duke ellington, que ouço aliás agora, mas me agrada bem mais. como também me agrada o winton marsalis do começo - não aquele tipo professor que acho bem chato aliás. apesar do cuidado em não fazer barulho, contudo, minha atividade atraía inimizades - até de um cara de bigode que me ameaçou fisicamente mas que, vim saber bem depois, virou mendigo por causa da bebida (claro que bem feito).
voltando ao jazz. algo naquilo que eu ouvia me remetia, e isso bem antes de ouvir ella, billie, ray e quejandos, a uma liberdade que eu apenas intuía e que me veio revelada nas últimas horas por uma biografia de bolso do kerouac. sim, eu me remetia a priscas eras em que a liberdade parece que existia de verdade, e viajava nessa direção que mal iria deixar sementes no futuro regado a procurar trabalho, procurar amor, perder ambos e me encontrar sozinho mas não solitário em busca do metier de escritor.
nada melhor.
agora volto a essas eras e daqui a pouco (é sábado no começo de noite) saio para encontrar o pessoal do marião, do saco de ratos, e curtir um blues com gente que sabe viver a vida à noite.
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