Corrida ao Caos, a terceira peça que o Jordão me mandou, é de 2003/2004 e trata, com traços de absurdo, de uma lotação com quatro passageiros (falta um) que percorre as ruas de São Paulo rumo ao estádio do Pacaembu onde, de uma leva de dezenas de milhares de candidatos, serão sorteados de 200 para menos postos de carteiro.
A peça, ágil como todas as do Jordão, é uma comédia rasgada em que a carência (de emprego) dá o tom. Todos estão desempregados, estão para estar ou têm medo de ficar. Um mundo em que não há lugar para muitos, na verdade para quase ninguém. Em que os requisitos superam a realidade, em que o destempero dá o tom do desespero.
Não há muita trama a mais. Ao final, bom, ao final vocês descobrem o final. Mas noto dois pontos: que o absurdo do mote não recai numa peça absurda, ou se recai é pelo próprio teatro do absurdo, e que a agilidade é o que mais dá o tom na trama toda. Tirando um ou outro ditado popular reproduzido na peça e que por isso chega a enfraquecê-la, não há muito do que reclamar. Pego-me a refletir de leve na questão do desemprego. No mundo que está por aí (preciso indicar: de que adianta ter milhares de amigos virtuais? Acaso isso permite achar emprego? Colega passa por essa situação). Claro, o assunto é candente e é bem adequado rir dessa nossa desgraça. Mas não vou muito além. Fico por aqui, na superficialidade. Mesmo com o toque absurdo de candidatos cada vez mais em profusão e de vagas diminuindo cada vez mais.
A peça, ágil como todas as do Jordão, é uma comédia rasgada em que a carência (de emprego) dá o tom. Todos estão desempregados, estão para estar ou têm medo de ficar. Um mundo em que não há lugar para muitos, na verdade para quase ninguém. Em que os requisitos superam a realidade, em que o destempero dá o tom do desespero.
Não há muita trama a mais. Ao final, bom, ao final vocês descobrem o final. Mas noto dois pontos: que o absurdo do mote não recai numa peça absurda, ou se recai é pelo próprio teatro do absurdo, e que a agilidade é o que mais dá o tom na trama toda. Tirando um ou outro ditado popular reproduzido na peça e que por isso chega a enfraquecê-la, não há muito do que reclamar. Pego-me a refletir de leve na questão do desemprego. No mundo que está por aí (preciso indicar: de que adianta ter milhares de amigos virtuais? Acaso isso permite achar emprego? Colega passa por essa situação). Claro, o assunto é candente e é bem adequado rir dessa nossa desgraça. Mas não vou muito além. Fico por aqui, na superficialidade. Mesmo com o toque absurdo de candidatos cada vez mais em profusão e de vagas diminuindo cada vez mais.
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