ontem retomamos, o grupo todo, as atividades da oficina que ano passado rendeu bestas mortes, de lulu pavarin.
quase metade do pessoal é o mesmo. há alguns novos, mas conhecidos de uns e de outros.
sinto o cheiro do local e tudo vem à minha mente novamente.
muita saudade.
agora o responsável é outro. diretor cujo trabalho eu aprecio bastante e que se mostra, sempre mais, uma pessoal extremamente gentil e perspicaz.
rola uma certa bagunça durante a primeira aula e isso me irrita um pouco. não quero o clima de colegial, aqui comigo, não. nem de faculdade de má qualidade. eu busco orientação e disciplina. ferramentas para que eu consiga retirar o máximo de mim, sempre percebendo que sem trabalho conjunto nada funciona.
fizemos umas brincadeiras para passar uns recados e a montagem de uma microcena. muito legal. quem tem jeito já mostra a que vem. eu levo, como sempre, algo a mais para me expor.
vamos jantar no planeta e metade da turma, super à vontade, curte os momentos que antes deixaram tantas marcas em mim. 30 de março agora é aniversário de uma delas. lá vamos nós ao parlapa.
mas entendo que a oficina, para render de verdade, terá de ser tratada com muita dedicação. muita mesmo. o teatro é uma atividade que exige até quase demais de quem se propõe levá-lo a sério. a quem se satisfaz com pouco é mais fácil.
eu vejo as cenas e reparo em coisas que antes eu sentia que só eu percebia. nada.
como a cena daquela linda garota que deixa sua beleza para trás só de mostrar como está o tempo todo ligada, o tempo todo mantendo o suspense, o tempo todo no palco.
é singelo perceber o quanto, no teatro, a beleza é simplesmente algo a mais, e não o mais importante. muito longe disso.
na verdade, a beleza meio que me incomoda. não sei por quê.
temos hamlet e macbeth no panorama. meu deus.
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