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umas linhas soltas que não dizem nada mas que gostariam de dizer tudo

tenho uma breve conversa com o marcelo.
conversamos sobre teatro - é claro. e sobre meus objetivos, pretensões, tudo o que é meu e que ainda não é nada.
ao final, ele me mostra link no youtube com o texto você aprende, do bardo shakespeare.
vejo e ao mesmo que me emociono noto que algo está errado. há movimento demais. acepções demais. muito demais. não aguento. eu sou pelo menos.
engraçado eu dizer isso, sendo tanto quanto escrevo por aqui - e quem me lê sabe que eu praticamente não páro.
mas é o fato. não estou seguro de nada, por isso preciso ainda engatinhar de todo.
hoje tem show do saco de ratos, a banda do marião, brum, watanabe, pagotto e rick. gostaria muito de ir, mas não sei - talvez eu vá fazer exame de sangue e urina amanhã - e para isso terei de estar zerado - não posso beber, por exemplo.
como ficar lá no show sem beber, alguém me diga.
tentamos a lulu tomie e eu nos encontrar. para que ela me conte tudo o que acontece com ela e eu, comigo. talvez tenha ficado para sábado, quem sabe.
ela vai embora logo.
hoje fiquei uma hora mais pagando-a. mas não sei mais onde estou.
o texto e a récita deixaram-me sem chão. não sei mais onde piso.
queria que minha apresentação no último sábado tenha tido algo disso nas 18 almas que me deram fichinhas e que com isso comprovaram a beleza do que experimentaram e que eu, só eu, bolei, preso à minha sensibilidade.
mas nunca vou saber.
eu fui embora, não voltei e não sei quem passou por lá.
o pessoal tirou umas fotos, e as pedi ao allan. mas quem estava lá? incógnita.
aos poucos encontro meu espaço no mundo, que não é um espaço físico, é um espaço íntimo que nunca, nunca em meus 45 anos e pouco, pude realmente experimentar.
não poderão vocês dizer que ter o espaço próprio é algo fácil.
não, é o que há de mais difícil para pessoas sensíveis mas ao mesmo tempo tão toscas quanto eu mesmo.
escrevo estas linhas direto no blog e não revisei.
espero que percebam algo da sutileza que experimento e que isso lhes cause quem sabe algum pequeno prazer.
por que, afinal de contas, para que estamos aqui mesmo?
beijos

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