Chego novamente a assistir a peça meio que motivado pela necessidade de bater recordes. Como se não quisesse que alguém visse a peça mais do que eu mesmo.
Desta vez sento na terceira fileira. Quero ver a iluminação, prestar mais atenção nela. Não faço tanta questão de acompanhar as atuações em detalhes, ou seja, bem de perto. No começo, minha vontade funciona. Mas passa o tempo e me deixo conduzir pela trama. Esqueço de notar e de anotar. Sou engolfado pela peça, pelos personagens, pelas entrâncias e reentrâncias possibilitadas pelo jogo atuações-som-luz. O tempo me domina.
Disse o Marião à saída que ele estava mais relaxado. Não consigo senti-lo tenso em momento algum. Não devo ter tanta sensibilidade assim. O Batata e as meninas (Tuca e Samya), como sempre, arrasam na simplicidade, leveza e completo descontrole sob controle (quase, por parte das meninas).
A Erika parece mais à vontade. Aos poucos, entra mais e mais na Lydia que tanto revela quanto aporrinha Chinaski. Nota-se um histrionismo que não descamba no grito e que revela mais e mais a insegurança por detrás da barraqueira. Há momentos em que parece haver uma paz ao redor de Chinaski e de Lydia, mas esta sempre joga tudo a perder. Eles tinham mesmo de romper, não havia outra saída.
A ambientação da trama na sala-escritório de Chinaski avança leve mas segura. As luzes, como sempre, nas peças do pessoal do Cemitério, cumprem a importantíssima função em juntar e separar as ações e personagens sem que apareça o trabalho da adaptação - difícil, dada a extensão do livro. Muito deve ter sido deixado de fora. Para manter o núcleo da questão.
Reflito sobre o núcleo da questão em outro texto, que publico também aqui. Por enquanto restrinjo-me a dizer que, de tão habilmente montada, a encenação não deixa de agradar gregos e troianos. Difícil deixar de se enlevar por aquilo que aparece. Mesmo para quem já decora as falas, as luzes e as músicas. Como eu.
Desta vez sento na terceira fileira. Quero ver a iluminação, prestar mais atenção nela. Não faço tanta questão de acompanhar as atuações em detalhes, ou seja, bem de perto. No começo, minha vontade funciona. Mas passa o tempo e me deixo conduzir pela trama. Esqueço de notar e de anotar. Sou engolfado pela peça, pelos personagens, pelas entrâncias e reentrâncias possibilitadas pelo jogo atuações-som-luz. O tempo me domina.
Disse o Marião à saída que ele estava mais relaxado. Não consigo senti-lo tenso em momento algum. Não devo ter tanta sensibilidade assim. O Batata e as meninas (Tuca e Samya), como sempre, arrasam na simplicidade, leveza e completo descontrole sob controle (quase, por parte das meninas).
A Erika parece mais à vontade. Aos poucos, entra mais e mais na Lydia que tanto revela quanto aporrinha Chinaski. Nota-se um histrionismo que não descamba no grito e que revela mais e mais a insegurança por detrás da barraqueira. Há momentos em que parece haver uma paz ao redor de Chinaski e de Lydia, mas esta sempre joga tudo a perder. Eles tinham mesmo de romper, não havia outra saída.
A ambientação da trama na sala-escritório de Chinaski avança leve mas segura. As luzes, como sempre, nas peças do pessoal do Cemitério, cumprem a importantíssima função em juntar e separar as ações e personagens sem que apareça o trabalho da adaptação - difícil, dada a extensão do livro. Muito deve ter sido deixado de fora. Para manter o núcleo da questão.
Reflito sobre o núcleo da questão em outro texto, que publico também aqui. Por enquanto restrinjo-me a dizer que, de tão habilmente montada, a encenação não deixa de agradar gregos e troianos. Difícil deixar de se enlevar por aquilo que aparece. Mesmo para quem já decora as falas, as luzes e as músicas. Como eu.
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