Apresentada na 20ª mostra de teatro Monte Azul, na zona Sul, perto da Estrada de Itapecerica, a peça é a terceira do repertório da companhia. Tudo gira ao redor de um evento, a abordagem violenta, por dois policiais, de uma dupla de amigos que riu na hora errada. Tudo retorna aos urubus que voam ao redor dessa carniça. Seguem-se pequenas cenas em que habitam o palco personagens supostamente reais e em que o humor é a tônica predominante. Tudo, pequenos esquetes em que a transitoriedade da vida e dos valores conduz o ser humano à negação de sua humanidade. Peça musicada ao vivo por um saxofonista, violoncelista e violonista, ocorrem nela também músicas pontuam os momentos mais dramáticos da cena. Numa das cenas, personagem indefinido puxa um morto enquanto o lamento questiona quem está realmente morto, se o morto ou quem o enterra. Os personagens, não caricatos mas também não realistas, levam a um questionamento bem-humorado da realidade de bairros periféricos. O grupo apresentou a peça sem cenário (originalmente a peça possui um cenário avantajado) mas manteve o texto e a encenação. Espetáculo agradável.
Ésquilo, Os Persas (lido) Ésquilo, Prometeu Acorrentado (lido) Jacqueline de Romilly, A Tragédia Grega (lido, em parte) Anne Surgers, Scénographies du théâtre occidental (lido, começo)
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