A platéia em arena convida a um relacionamento próximo com os protagonistas. A luz engrandece um recinto fechado dominado por mesa e cadeiras metálicas. Aos cantos, armários também metálicos. O cenário sombrio enquadra personagens no limite de suas forças (Katurian), crueza (Ariel) ou cinismo (Tupolski). A história é simples. Num regime totalitário, Katurian é acusado de escrever histórias. Essas histórias, conta-se posteriormente, são idênticas a crimes que estão sendo cometidos na cidade do país imaginário. Thriller em que a identidade do criminoso é o mote mas em que o próprio ato de escrever histórias é colocado em questão - assim como a eternidade atribuída a quem as idealizou e a responsabilidade pelo próprio destino.
A trama é ágil e os diálogos, convincentes. Centro da trama, Katurian encarna a posição subalterna em que tudo o que há de humano aparece a quem detem o poder de vida e morte. Tupolski, numa atuação formidável de Daniel Infantini, encarna o bufão que mexe a seu bel prazer as cordas que irão determinar o destino de Katurian. Ariel, o torturador, engalfinha-se numa luta de gato e rato com Katurian e num conflito por autoridade com Tupolski. Michal, o irmão deficiente de Katurian, surge depois e domina a cena. A morte anunciada deixa em suspenso o destino da obra. O Homem Travesseiro é a história mais importante de Katurian e que irá determinar o desenlace, deixado à inteira responsabilidade de Michal. O final da história discute a responsabilidade pelo que se escreve e pelo que se faz.
Peça de 2 horas e meia, dividida em dois blocos com intervalo de 15 minutos, O Homem Travesseiro tem tido platéia cheia. O interesse pela trama e pelos diálogos se mantém o tempo todo (embora a meu ver em alguns momentos recaia em certa repetição) e as atuações convencem. Um ótimo espetáculo, muito bem conduzido e de empatia a toda prova (há quem goste disso ou daquilo, mas todos gostam de alguma coisa). Bom divertimento.
A trama é ágil e os diálogos, convincentes. Centro da trama, Katurian encarna a posição subalterna em que tudo o que há de humano aparece a quem detem o poder de vida e morte. Tupolski, numa atuação formidável de Daniel Infantini, encarna o bufão que mexe a seu bel prazer as cordas que irão determinar o destino de Katurian. Ariel, o torturador, engalfinha-se numa luta de gato e rato com Katurian e num conflito por autoridade com Tupolski. Michal, o irmão deficiente de Katurian, surge depois e domina a cena. A morte anunciada deixa em suspenso o destino da obra. O Homem Travesseiro é a história mais importante de Katurian e que irá determinar o desenlace, deixado à inteira responsabilidade de Michal. O final da história discute a responsabilidade pelo que se escreve e pelo que se faz.
Peça de 2 horas e meia, dividida em dois blocos com intervalo de 15 minutos, O Homem Travesseiro tem tido platéia cheia. O interesse pela trama e pelos diálogos se mantém o tempo todo (embora a meu ver em alguns momentos recaia em certa repetição) e as atuações convencem. Um ótimo espetáculo, muito bem conduzido e de empatia a toda prova (há quem goste disso ou daquilo, mas todos gostam de alguma coisa). Bom divertimento.
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