Um palco vazio sempre oferece inúmeras possibilidades e não é preciso entender de Grotowski para chegar a essa conclusão. Daniel Alberti, do Teatro Labirinto, prefere explorar o trabalho de interpretação para atribuir sentidos a histórias de imigrantes.
O espetáculo começa com ruídos que não se sabe se imitam ou se não querem mesmo imitar. Em seguida, num trabalho de mímica, Daniel como que manipula arquivos. Num repente, transforma-se numa espécie de sem-teto estrangeiro com alucinações com as quais introduz espectadores (eu, no caso). O sem-teto imigrante desespera-se não se sabe bem com o quê. Aparece outro personagem e mais outro e mais outro. Cada um com trejeitos peculiares. A luz funciona como intervalo, como atribuição de movimento e urgência (com luz estroboscópica), limitação de espaço (cena de telefonema), etc. Num determinado momento, Daniel imita uma partida em que os movimentos referem-se a entradas e saídas de imigrantes. Chama os espectadores que comemoram um gol e que logo em seguida dançam. Ponto forte é quando Daniel imita, como que falando em árabe (não sei se foi mesmo árabe ou uma língua inventada), que tenta se comunicar com um interlocutor. Com o passar do tempo, o imigrante se desespera e passa a apontar uma arma enquanto grita. Chega até a apontar a uma espectadora. A cena adquire seu significado quando Daniel mostra o significado das palavras do imigrante, totalmente descoladas do sentido ameaçador da primeira apresentação. O espetáculo termina com Daniel imitando uma velhinha italiana, pedindo a ajuda de um mocinho e cantando uma música antiga (que é apresentada ao final).
Daniel dispõe-se a uma conversa no final da apresentação, para a qual muitos permanecem. Vêm à tona sentimentos das pessoas presentes e sugestões para novas apresentações.
O espetáculo começa com ruídos que não se sabe se imitam ou se não querem mesmo imitar. Em seguida, num trabalho de mímica, Daniel como que manipula arquivos. Num repente, transforma-se numa espécie de sem-teto estrangeiro com alucinações com as quais introduz espectadores (eu, no caso). O sem-teto imigrante desespera-se não se sabe bem com o quê. Aparece outro personagem e mais outro e mais outro. Cada um com trejeitos peculiares. A luz funciona como intervalo, como atribuição de movimento e urgência (com luz estroboscópica), limitação de espaço (cena de telefonema), etc. Num determinado momento, Daniel imita uma partida em que os movimentos referem-se a entradas e saídas de imigrantes. Chama os espectadores que comemoram um gol e que logo em seguida dançam. Ponto forte é quando Daniel imita, como que falando em árabe (não sei se foi mesmo árabe ou uma língua inventada), que tenta se comunicar com um interlocutor. Com o passar do tempo, o imigrante se desespera e passa a apontar uma arma enquanto grita. Chega até a apontar a uma espectadora. A cena adquire seu significado quando Daniel mostra o significado das palavras do imigrante, totalmente descoladas do sentido ameaçador da primeira apresentação. O espetáculo termina com Daniel imitando uma velhinha italiana, pedindo a ajuda de um mocinho e cantando uma música antiga (que é apresentada ao final).
Daniel dispõe-se a uma conversa no final da apresentação, para a qual muitos permanecem. Vêm à tona sentimentos das pessoas presentes e sugestões para novas apresentações.
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