O cenário é o mesmo de As Suplicantes: uma armação quadrada de aço em que a luz provém apenas de uma luz comum ao fundo (é formada uma simetria de formas diagonais). As personagens dispostas de outra forma. Pelo lado esquerdo, do lado de dentro da moldura, mais à frente, uma figura cuja silhueta não permite sequer distinguir os cabelos. Ao fundo, à direita, duas figuras masculinas uma ao lado da outra voltadas para a frente (é possível divisar as formas dos rostos). Pelo lado direito, à frente, uma figura mais explícita (é possível ver a forma do rosto) voltada para o lado de dentro da moldura. Ao fundo, à esquerda, uma figura voltada para o lado de dentro da moldura (também é possível divisar as formas do rosto).
A peça, a primeira da história, trata da derrota dos persas diante dos gregos. É narrada pelos persas. A narrativa pode ser dividida em algumas partes bem claras: a impaciência das mulheres por não terem notícia da guerra. A chegada do mensageiro e a notícia da derrota. O lamento das mulheres. A discussão quanto a como fica agora o reino, quanto àquilo que resta. A chegada de Xerxes e seu lamento. Há outras partes imbuídas nas outras.
Os movimentos estão restritos à figura à esquerda à frente (as mulheres), à figura ao fundo à esquerda (o mensageiro) e finalmente à figura à frente, à direita (simbolizando Xerxes). O texto é conduzido lentamente pelas figuras respectivas. O tom lúgubre domina a cena todo o tempo. A narrativa do mensageiro é conduzida como augúrio e promove torpor. Há incredulidade em se acreditar em suas novas. A figura à esquerda à frente mal consegue suportar a notícia. As figuras ao fundo à direita são as figuras do poder, questionando a nova situação. Xerxes praticamente encerra a peça com gritos dramáticos no registro da calamidade. A figura à esquerda à frente encerra a peça com um leve movimento em direção a uma certa luz. Apaga-se a luz. Fim. Os atores saem pelo fundo. Os aplausos dominam o ambiente e quem conhece os atores espera.
Sistemática já presente em As Suplicantes, em Os Persas ela mostra a que veio. Maravilhoso.
Foto de capa deste blog de Julieta Bacchin.
A peça, a primeira da história, trata da derrota dos persas diante dos gregos. É narrada pelos persas. A narrativa pode ser dividida em algumas partes bem claras: a impaciência das mulheres por não terem notícia da guerra. A chegada do mensageiro e a notícia da derrota. O lamento das mulheres. A discussão quanto a como fica agora o reino, quanto àquilo que resta. A chegada de Xerxes e seu lamento. Há outras partes imbuídas nas outras.
Os movimentos estão restritos à figura à esquerda à frente (as mulheres), à figura ao fundo à esquerda (o mensageiro) e finalmente à figura à frente, à direita (simbolizando Xerxes). O texto é conduzido lentamente pelas figuras respectivas. O tom lúgubre domina a cena todo o tempo. A narrativa do mensageiro é conduzida como augúrio e promove torpor. Há incredulidade em se acreditar em suas novas. A figura à esquerda à frente mal consegue suportar a notícia. As figuras ao fundo à direita são as figuras do poder, questionando a nova situação. Xerxes praticamente encerra a peça com gritos dramáticos no registro da calamidade. A figura à esquerda à frente encerra a peça com um leve movimento em direção a uma certa luz. Apaga-se a luz. Fim. Os atores saem pelo fundo. Os aplausos dominam o ambiente e quem conhece os atores espera.
Sistemática já presente em As Suplicantes, em Os Persas ela mostra a que veio. Maravilhoso.
Foto de capa deste blog de Julieta Bacchin.
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