é fácil a gente se superestimar.
basta pensar no quanto a gente QUER fazer - ou ter. como se querer fosse fazer. como se ter fosse possuir.
um dos meus bloqueios consiste em não sentir.
não que eu não sinto nada. ocorre que eu sinto TANTO que me acostumei a não sentir.
não sinto o menor sentimento quando ouço can't help fall in you. mas num ponto determinado da canção ela ME INVADE e ME OBRIGA a sentir. aí, choro.
ontem, devo ter cantado dezenas de vezes a canção. aí houve um momento em que, cantarolando mais alto, NÃO SENTI MAIS. aí, não choraminguei.
tudo isso que acontece comigo é rasteiro, todo mundo passa por isso diuturnamente.
só que eu resolvi expressar.
na cena que bolei ontem, um personagem vai e vem guiado pela música que o homem do som escolhe. como em words and music do beckett, que somente agora curto por dentro.
acontece que o personagem sente-se tão dominado pela música porque não se dá a liberdade de sentir.
como eu, quando chego em casa, e canto, convencendo-me que é para uma apresentação em sarau e coisa e tal. é, sim, mas mais ou menos. tenho diversas cenas-espetáculos já na fase de maturidade. quinta agora acho que aplico uma delas.
estranho se sentir múltiplo, sem apelar a um pessoa, por favor. sentir que não se cabe em si mas que se quer, apesar disso, dar espaço para mais alguém nessa quitchinete que é o nosso coração. que pode virar uma fazenda, sim, mas a que preço.
basta pensar no quanto a gente QUER fazer - ou ter. como se querer fosse fazer. como se ter fosse possuir.
um dos meus bloqueios consiste em não sentir.
não que eu não sinto nada. ocorre que eu sinto TANTO que me acostumei a não sentir.
não sinto o menor sentimento quando ouço can't help fall in you. mas num ponto determinado da canção ela ME INVADE e ME OBRIGA a sentir. aí, choro.
ontem, devo ter cantado dezenas de vezes a canção. aí houve um momento em que, cantarolando mais alto, NÃO SENTI MAIS. aí, não choraminguei.
tudo isso que acontece comigo é rasteiro, todo mundo passa por isso diuturnamente.
só que eu resolvi expressar.
na cena que bolei ontem, um personagem vai e vem guiado pela música que o homem do som escolhe. como em words and music do beckett, que somente agora curto por dentro.
acontece que o personagem sente-se tão dominado pela música porque não se dá a liberdade de sentir.
como eu, quando chego em casa, e canto, convencendo-me que é para uma apresentação em sarau e coisa e tal. é, sim, mas mais ou menos. tenho diversas cenas-espetáculos já na fase de maturidade. quinta agora acho que aplico uma delas.
estranho se sentir múltiplo, sem apelar a um pessoa, por favor. sentir que não se cabe em si mas que se quer, apesar disso, dar espaço para mais alguém nessa quitchinete que é o nosso coração. que pode virar uma fazenda, sim, mas a que preço.
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