é bom não se deixar enganar pela aparência singela da bia (paganini). pequena, bonita e apenas aparentemente frágil, a bia demonstra quem é sempre nos momentos-chave, e neles ela deixa clara sua inteligência, perspicácia e consequente sabedoria. nesses momentos, ela prefere sempre se manter à margem, mas, se chamada a se manifestar, traz à tona aquilo que a muitos escapa, a futilidade por detrás daquilo que aparenta ser algo verdadeiro (e não é).
lembro-me bem quando fiquei numa posição sensível, em que poderia trair uma colega, em comportamento que a diretora condenaria veementemente. apelei a conselho da bia. ela me disse o que qualquer um poderia dizer (mas não disse): fale com ela, primeiro. falei. a situação não se saiu necessariamente a contento, mas a verdade, quando veio à tona, veio sem o desgaste de uma traição que eu quase cometo. trair, trai quem é inconsequente primeiro consigo mesmo. ela me ensinou como superar uma situação que eu imaginava insuperável na minha estreiteza de pensamento.
poucas cenas ocorreram em que a bia, se não decepcionou, não investiu seu patente talento tanto quanto poderia. na maioria das vezes, ela soube tirar de si e da/o colega o máximo possível. a bia tem um talento nato para fazer rir, isso fica bem claro já no começo. mas não foi isso que ficou na cena com o matheus. lembro-me como se fosse hoje da forte emoção que invadiu a todos quando foi convidada a aprofundar a dor da mulher perdendo seu filhinho recém-nascido. foi forte demais ver tudo se apagar com o sofrimento da mulher e do mundo.
não preciso também recordar a sincera correção do seu comportamento enquanto colega respeitosa do valor devido a tudo que a rodeia. foi ela que me disse preocupar-se de ter ficado devendo pelo aluguel da sala. justo ela, que nunca deveu nada sequer por meros minutos.
a última vez que a encontrei foi numa leitura de peça do zen salles que contou com a participação do matheus. pedi-lhe que contasse os últimos acontecimentos e tudo ocorreu de forma sincera e rápida. sem quaisquer problemas de leitura. tudo clara e perspicazmente como são sua aparência física e gestual. sem olhares vagos. nem hesitações. a vida sempre prefere assim.
lembro-me bem quando fiquei numa posição sensível, em que poderia trair uma colega, em comportamento que a diretora condenaria veementemente. apelei a conselho da bia. ela me disse o que qualquer um poderia dizer (mas não disse): fale com ela, primeiro. falei. a situação não se saiu necessariamente a contento, mas a verdade, quando veio à tona, veio sem o desgaste de uma traição que eu quase cometo. trair, trai quem é inconsequente primeiro consigo mesmo. ela me ensinou como superar uma situação que eu imaginava insuperável na minha estreiteza de pensamento.
poucas cenas ocorreram em que a bia, se não decepcionou, não investiu seu patente talento tanto quanto poderia. na maioria das vezes, ela soube tirar de si e da/o colega o máximo possível. a bia tem um talento nato para fazer rir, isso fica bem claro já no começo. mas não foi isso que ficou na cena com o matheus. lembro-me como se fosse hoje da forte emoção que invadiu a todos quando foi convidada a aprofundar a dor da mulher perdendo seu filhinho recém-nascido. foi forte demais ver tudo se apagar com o sofrimento da mulher e do mundo.
não preciso também recordar a sincera correção do seu comportamento enquanto colega respeitosa do valor devido a tudo que a rodeia. foi ela que me disse preocupar-se de ter ficado devendo pelo aluguel da sala. justo ela, que nunca deveu nada sequer por meros minutos.
a última vez que a encontrei foi numa leitura de peça do zen salles que contou com a participação do matheus. pedi-lhe que contasse os últimos acontecimentos e tudo ocorreu de forma sincera e rápida. sem quaisquer problemas de leitura. tudo clara e perspicazmente como são sua aparência física e gestual. sem olhares vagos. nem hesitações. a vida sempre prefere assim.
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