"Um trabalhinho para velhos palhaços", de Matéi Visniec (em "A História dos Ursos Pandas contada por um Saxofonista que tem uma Namorada em Frankfurt" e "Um trabalhinho para velhos palhaços", de Matéi Visniec) (É Realizações Editora)
A última resenha a fazer com os livros do romeno radicado em Paris Visniec enviados pela editora tem três personagens, que como o próprio nome diz são velhos palhaços. Os nomes deles: Filippo, Niccolo e Peppino.
Eles se encontram num determinado lugar ao qual eles foram chamados. Esse lugar é como que uma sala de espera para um novo emprego para os três. Eles já se conhecem de tempos e já trabalharam juntos. Um deles relembra seu protagonismo num circo conhecido pelos outros dois, que comentam o fato. No geral da trama, eles se provocam e criam situações que se propõe serem engraçadas. Num determinado momento, um deles engasga e morre, aparentemente. Os outros se desesperam, e um deles faz respiração boca a boca. Mas o que engasgou ri: ele enganou os outros dois.
Ao final eles saem, e chegam outros, como que repetindo tudo. Encontra-se um cadáver e a trama é mantida em suspenso.
Como em quase todas as peças de Visniec que li nos livros dedicados pela editora, há aqui um jogo com o tempo e o eterno retorno. Os diálogos entre os personagens são levemente engraçados - algo que pode melhorar nas encenações. A peça tem um quê de absurdo, que se revela ao final. É leve, realmente, mas não me atraiu necessariamente.
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