Comunico-me com o Conrado Sardinha, do Tapa, neste espetáculo em que ele faz o personagem principal. Comento que gostaria de um ingresso, ele comenta que somente "amigo", tudo bem, vou, mas ele me dá um ingresso de graça. Melhor.
O universo bas-fond de um Tennessee Williams é hoje considerado por muitos como démodé, fora de moda, sem interesse para o que realmente acontece na sociedade, mas eu não sinto isso, realmente. Percebo que diversos temas abordados pelo norte-americano ainda nos acometem, temas esses que não necessariamente são abordados em Um Bonde Chamado Desejo, sua obra mais conhecida e amada especialmente pelas atrizes que querem fazer a Blanche.
Na peça em questão, o protagonista é um escritor mal-sucedido que acompanha a retirada dos móveis de sua residência, dado que ele está se mudando. Nesse entretempo, ele é invadido pelas lembranças de amigos, da mãe, da irmã, de um possível pretendente a ela, e por aí vai. Os homens da mudança invadem o recinto a todo tempo, e criam um contraponto atual à sua memória.
Não vem ao caso eu me estender sobre o enredo, até porque tiraria muito da graça de quem for assistir, mas algo do realismo apresentado me incomoda. Sinto uma certa apresentação cênica que faz parecer crer, e não consigo que ela me envolva, realmente. Não consigo me deter quanto à representação de cada um dos atores e atrizes, se ela convence ou não, não sei ainda distinguir certos exageros nem nada similar, mas algo me faz crer que eles representam - claro, dirão vocês -, e isso me faz não acreditar no envolvimento que a trama parece exigir.
Simpatizo com a figura patética de um dos homens de mudança, que levam os pertences do protagonista para uma área por baixo de parte da plateia, e percebo o saudosismo que preenche a consciência do protagonista. Poderia emocionar-me, mas não chego a tanto. O bas-fond do Tennessee mais uma vez é representado com simplicidade no palco, e sinto-me mais próximo desse ainda desconhecido. Mas reparo como a direção pode quem sabe fazer a diferença.
O universo bas-fond de um Tennessee Williams é hoje considerado por muitos como démodé, fora de moda, sem interesse para o que realmente acontece na sociedade, mas eu não sinto isso, realmente. Percebo que diversos temas abordados pelo norte-americano ainda nos acometem, temas esses que não necessariamente são abordados em Um Bonde Chamado Desejo, sua obra mais conhecida e amada especialmente pelas atrizes que querem fazer a Blanche.
Na peça em questão, o protagonista é um escritor mal-sucedido que acompanha a retirada dos móveis de sua residência, dado que ele está se mudando. Nesse entretempo, ele é invadido pelas lembranças de amigos, da mãe, da irmã, de um possível pretendente a ela, e por aí vai. Os homens da mudança invadem o recinto a todo tempo, e criam um contraponto atual à sua memória.
Não vem ao caso eu me estender sobre o enredo, até porque tiraria muito da graça de quem for assistir, mas algo do realismo apresentado me incomoda. Sinto uma certa apresentação cênica que faz parecer crer, e não consigo que ela me envolva, realmente. Não consigo me deter quanto à representação de cada um dos atores e atrizes, se ela convence ou não, não sei ainda distinguir certos exageros nem nada similar, mas algo me faz crer que eles representam - claro, dirão vocês -, e isso me faz não acreditar no envolvimento que a trama parece exigir.
Simpatizo com a figura patética de um dos homens de mudança, que levam os pertences do protagonista para uma área por baixo de parte da plateia, e percebo o saudosismo que preenche a consciência do protagonista. Poderia emocionar-me, mas não chego a tanto. O bas-fond do Tennessee mais uma vez é representado com simplicidade no palco, e sinto-me mais próximo desse ainda desconhecido. Mas reparo como a direção pode quem sabe fazer a diferença.
Comentários