Um cenário estupefaciente. O veículo dirigido pelo homem-águia, o servo. Lá dentro, a atriz decadente, casada com o rebelde-sem-causa-ator-sem-presente-nem futuro. Sai ela do carro, discorre sobre o paraíso a que chegam e onde o homem-águia prepara o piquenique. Expressividade enlouquecida, idas e vindas de universos na mente da atriz, que percorre e discorre sobre o presente, o passado, o tênue futuro. Sai, meu tarzã, vem ver o que temos aqui.
Tarzã sai e se mostra, cambaleante, o ator sem presente nem futuro, aquele que queria ser, aquele que queria usar a tradição para encontrar o seu lugar, o seu perfeito lugar, mas nada, nada resta, só lhe resta a rebeldia de quem não tem causa. James Dean, o universo fílmico que invade a floresta. A natureza. O homem-águia, o servo, verifica o estado do veículo.
Quando sai o militar. De dentro de. Sai e jorra discursos, sai e encurrala a atriz, o atorzinho de meia tigela. Sai e contextualiza, sai e engloba o que estaria para ficar por isso mesmo. Um mero saudosismo.
O Jaguar se aproxima. O Jaguar do caulim. O Jaguar cibernético.
Sai e discursa. Sai e questiona. O que são esses, o que é esse, o que é isso. A natureza é minha.
Quando o status se interpõe, e relativiza. Ele é a verdade.
Quando chega o Estado, vestido como dona matrona, uma figura dúbia, homem-mulher, dominante mas com compaixão? Inscreve a posição do Jaguar, do índio. Ele está aqui, na Constituição. Ele está aqui, e não nos deixa dormir. Essa terra é tua, faz proveito, mas saiba, tudo é nosso, é meu, de mais ninguém. Você, com o direito de não ter RG. Com o direito de ficar num passado remoto. De ficar na cultura do que perdeu. O Jaguar não vale nada.
Eis que surge o capital. A puta que castra. A puta que viola. Numa declamação funérea, que boa o pingo nos is, que desloca o índio à sua miséria. O Jaguar.
E o militar, que delimita a terra do índio, que a invade para proteger a nação. Mais uma violação enquanto o Estado assiste cuidado da sola dos pés descalços.
Volta a atriz, faz o Jaguar sucumbir à sua condição de colonizado, de alimentado à força para destroçar seus sentidos. Sua integridade? A violação é o que o faz o que é. Violação que o leva a matar, a comer o coração pois é lá onde mais tem sangue. E sangue é caulim, a vida em gotas.
Uma luz. O Jaguar. O outro. Um novo final característico.
Muito a captar. Caberia assistir novamente. Mas não vale perder.
Tarzã sai e se mostra, cambaleante, o ator sem presente nem futuro, aquele que queria ser, aquele que queria usar a tradição para encontrar o seu lugar, o seu perfeito lugar, mas nada, nada resta, só lhe resta a rebeldia de quem não tem causa. James Dean, o universo fílmico que invade a floresta. A natureza. O homem-águia, o servo, verifica o estado do veículo.
Quando sai o militar. De dentro de. Sai e jorra discursos, sai e encurrala a atriz, o atorzinho de meia tigela. Sai e contextualiza, sai e engloba o que estaria para ficar por isso mesmo. Um mero saudosismo.
O Jaguar se aproxima. O Jaguar do caulim. O Jaguar cibernético.
Sai e discursa. Sai e questiona. O que são esses, o que é esse, o que é isso. A natureza é minha.
Quando o status se interpõe, e relativiza. Ele é a verdade.
Quando chega o Estado, vestido como dona matrona, uma figura dúbia, homem-mulher, dominante mas com compaixão? Inscreve a posição do Jaguar, do índio. Ele está aqui, na Constituição. Ele está aqui, e não nos deixa dormir. Essa terra é tua, faz proveito, mas saiba, tudo é nosso, é meu, de mais ninguém. Você, com o direito de não ter RG. Com o direito de ficar num passado remoto. De ficar na cultura do que perdeu. O Jaguar não vale nada.
Eis que surge o capital. A puta que castra. A puta que viola. Numa declamação funérea, que boa o pingo nos is, que desloca o índio à sua miséria. O Jaguar.
E o militar, que delimita a terra do índio, que a invade para proteger a nação. Mais uma violação enquanto o Estado assiste cuidado da sola dos pés descalços.
Volta a atriz, faz o Jaguar sucumbir à sua condição de colonizado, de alimentado à força para destroçar seus sentidos. Sua integridade? A violação é o que o faz o que é. Violação que o leva a matar, a comer o coração pois é lá onde mais tem sangue. E sangue é caulim, a vida em gotas.
Uma luz. O Jaguar. O outro. Um novo final característico.
Muito a captar. Caberia assistir novamente. Mas não vale perder.
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