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Banquete Tupinambá, de Francisco Carlos, SESC Pompéia, 10/8

Uma oca estilizada. Uma mulher de costas. Dois homens índios ladeando um outro que se faz de fora.
Uma linguagem nativa-contemporânea, o abuso do jogo de palavras, a expressividade envolvida em trechos de língua nativa - ou ao menos parece.
O discorrer sobre a bebida-caulim-sangue, a bebida que é beber todo-o-outro.
O tradicional jogo da antropofagia, capturar o outro, dar-lhe uma prenda, a mulher, exigir uma prenda alheia, a recusa, comer o outro.
Quem sou eu, quem o outro?
A peça envolta em poeira - real - cativa pelo texto ágil e forte, nada a lembrar esse decadentismo europeu que tanto grassa por aí. O jogo é nosso. É aqui e agora.
Não quero falar demais. Vocês precisam ver por si sós. Até o fim - que já mostra a marca do autor (depois irá se repetir).

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