foi no tusp.
fazia tempo que não assistia um espetáculo. qualquer um.
o que se seguem são meras impressões pessoais.
saí transtornado. à beira do choro.
o personagem do ésio magalhães, o cotoco, me lembrou as aulas de palhaço que tive com a silvia leblon. os raros momentos em que minha expressão começava a aparecer, estranha.
a máscara do cotoco é bárbara. algo de o corcunda de notre-dame. mas seria inviável simplificar.
o fato é que a ingenuidade-esperteza-barbaridade do personagem cativaram-me como muito poucas vezes. tanto que cogito em tentar fazer oficinas com eles.
eu sei que o caminho está por aí. um dos meus caminhos, claro. há vários outros. mas esse é um deles.
pois não gosto de representação, se me entendem. o realismo me enche o saco. e o cotoco tem algo de estranho, creio que da commedia dell'arte, que eles citam e que eu não conheço. ah, a santa ignorância...
compro o caderno zibaldone 1-dramaturgias contemporâneas, e vem sem uma página. mas peço a eles e começo a ler. muito há que não me diz respeito. mas há também muito que me chama a atenção.
quem sabe nos próximos dias consiga fazer alguns comentários menos pessoais e esparsos. por enquanto não consigo. talvez não tenha por enquanto o distanciamento exigido. talvez não queira tê-lo.
mas seja como for recomendo. os risos que eles tiram de nós são tão ingênuos que já sinto falta deles.
no tusp, sábados, 21h, domingos, 20h. assistirei também encruzilhados, uma quinta ou sexta, às 21h. acho.
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