Venho sendo bombardeado há mais de um ano com referências variadas que me dizem que filmes que assisto para me divertir possuem mensagens subliminares ou apenas sugeridas com as quais eu poderia me propor a entender o mundo de outra maneira. Isso assim acontece porque os amigos com que venho me relacionando assistem filmes que eu não assisto, lêem livros que eu nunca li, discorrem sobre assuntos sobre os quais nunca me propus a refletir e - mais importante - assumem posições que eu mesmo nunca entendi que deveria possuir para simplesmente existir.
Isso não quer dizer, contudo, que minha vida seja simplesmente aceitar tudo como é dado. Mas eu geralmente reflito tanto, mas tanto, apenas para conseguir viver comigo a contento que não consigo ficar refletindo o tempo que me resta sobre assuntos que não me dão margem a dúvidas. Sobre amor. Sobre amizade. Sobre o fim. Sobre fracassos. Sobre sucessos. Sobre sei lá.
Eu venho de uma geração ou de um público que, a maior parte das vezes, apenas assiste as coisas para se divertir, sem buscar mensagens mais profundas em roteiros com gente como a gente, ou com gente que eu jamais iria conhecer, como ex-cons. Ocorre porém que eu também busco, nos filmes que vejo, algo A MAIS, que não apenas a diversão. Mas calha que eu não consigo concordar com o leque de assuntos, com a agenda a ser discutida. Com a gravidade dos temas.
Por exemplo, em Heat (Fogo contra fogo) eu realmente aprecio o fato de o filme não se conter na trama de ação, como se ela fosse o mais importante. Não, nesse filme a vida real, os relacionamentos, as ausências, as carências, também têm espaço. Mas não deixam contudo impressões tão fortes a ponto de a gente dizer "é isso". Simplesmente gosto da não superficialidade, mas não consigo encarar as profundezas. Não sei por quê.
Enquanto isso, tento entender em que medida filmes que poderiam não me dizer nada podem me dizer algo. Mas tendo a ficar, infelizmente, apenas na diversão. Sei lá. Eu acho que não fui educado o suficiente para ser tão crítico assim. Ou simplesmente reluto em achar que os media desenvolvidos especialmente no século XX são algo mais do que meios de informação - acriticamente considerados - ou mesmo de diversão. Posso estar perdendo muito, sim. Mas não consigo facilmente pensar diferente.
Isso não quer dizer, contudo, que minha vida seja simplesmente aceitar tudo como é dado. Mas eu geralmente reflito tanto, mas tanto, apenas para conseguir viver comigo a contento que não consigo ficar refletindo o tempo que me resta sobre assuntos que não me dão margem a dúvidas. Sobre amor. Sobre amizade. Sobre o fim. Sobre fracassos. Sobre sucessos. Sobre sei lá.
Eu venho de uma geração ou de um público que, a maior parte das vezes, apenas assiste as coisas para se divertir, sem buscar mensagens mais profundas em roteiros com gente como a gente, ou com gente que eu jamais iria conhecer, como ex-cons. Ocorre porém que eu também busco, nos filmes que vejo, algo A MAIS, que não apenas a diversão. Mas calha que eu não consigo concordar com o leque de assuntos, com a agenda a ser discutida. Com a gravidade dos temas.
Por exemplo, em Heat (Fogo contra fogo) eu realmente aprecio o fato de o filme não se conter na trama de ação, como se ela fosse o mais importante. Não, nesse filme a vida real, os relacionamentos, as ausências, as carências, também têm espaço. Mas não deixam contudo impressões tão fortes a ponto de a gente dizer "é isso". Simplesmente gosto da não superficialidade, mas não consigo encarar as profundezas. Não sei por quê.
Enquanto isso, tento entender em que medida filmes que poderiam não me dizer nada podem me dizer algo. Mas tendo a ficar, infelizmente, apenas na diversão. Sei lá. Eu acho que não fui educado o suficiente para ser tão crítico assim. Ou simplesmente reluto em achar que os media desenvolvidos especialmente no século XX são algo mais do que meios de informação - acriticamente considerados - ou mesmo de diversão. Posso estar perdendo muito, sim. Mas não consigo facilmente pensar diferente.
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