esta sexta-feira iremos nos reunir no final de noite e repassar um pouco o texto de clavículas.
mas como haverá mais duas peças lá no teatro e muita gente legal, estou pensando em varar a noite.
problema é não ter o esperando godot aqui comigo, dado que ainda não confirmei não poder ir à reunião do grupo do césar.
mas a situação atual fez com que me lembrasse de situações por que passei recentemente.
a questão é a seguinte.
quando vc vara a noite, precisa abandonar o bar lá pelas primeiras horas da manhã - refiro-me não à madrugada.
isso faz com que, meio sonado, você tenha de enfrentar as ruas.
normalmente, eu faço o seguinte: ando um pouco, pego os ônibus respectivos e chego em casa com a manhã já em todo seu esplendor. para dormir.
mas um sentimento anterior me invade.
que é:
quando saímos do bar, e a manhã nos invade, as horas parecem incontáveis.
digo, é como se as horas até as 12h, que é quando normalmente almoço, fossem milhares. como se houvesse todo um mundo pela frente até chegar o almoço.
a sensação é a mesma quando estamos distantes do prazo final de entregar um relatório.
ou quando não precisamos nos preocupar - ainda - em entregar a declaração de imposto de renda.
uma sensação de plenitude, como se houvesse toda uma vida pela frente - que não há.
as horas continuam as mesmas. elas não são em maior número, não mesmo. mas a amplitude da ausência de deveres faz com que a impressão de eternidade se imponha.
como quando vemos um garoto nascer.
como quando lamentamos a morte de alguém jovem.
como quando pensamos, de moto próprio, que a vida é um eterno contrário, uma corrida rumo a um fim pré-anunciado mas jamais revelado.
hoje talvez eu fique lá no bar - embora o marião e turma estejam fora, em araraquara (se bem que acho que eles voltam ainda pela madrugada).
e talvez aconteça o mesmo que da última vez - eu capotar e dormir umas três horas no sofá até ser acordado e jogado de volta à rua de onde todos somos originários.
ou talvez volte mesmo para casa no final de noite.
ou talvez volte para casa de manhã mesmo.
não sei.
sei apenas que as horas parecem se estender de forma esquisita este tempo todo. como se não capturassem a sua real essência, sua virtual importância. sem saber se são elas que se vão ou se somos nós.
mas como haverá mais duas peças lá no teatro e muita gente legal, estou pensando em varar a noite.
problema é não ter o esperando godot aqui comigo, dado que ainda não confirmei não poder ir à reunião do grupo do césar.
mas a situação atual fez com que me lembrasse de situações por que passei recentemente.
a questão é a seguinte.
quando vc vara a noite, precisa abandonar o bar lá pelas primeiras horas da manhã - refiro-me não à madrugada.
isso faz com que, meio sonado, você tenha de enfrentar as ruas.
normalmente, eu faço o seguinte: ando um pouco, pego os ônibus respectivos e chego em casa com a manhã já em todo seu esplendor. para dormir.
mas um sentimento anterior me invade.
que é:
quando saímos do bar, e a manhã nos invade, as horas parecem incontáveis.
digo, é como se as horas até as 12h, que é quando normalmente almoço, fossem milhares. como se houvesse todo um mundo pela frente até chegar o almoço.
a sensação é a mesma quando estamos distantes do prazo final de entregar um relatório.
ou quando não precisamos nos preocupar - ainda - em entregar a declaração de imposto de renda.
uma sensação de plenitude, como se houvesse toda uma vida pela frente - que não há.
as horas continuam as mesmas. elas não são em maior número, não mesmo. mas a amplitude da ausência de deveres faz com que a impressão de eternidade se imponha.
como quando vemos um garoto nascer.
como quando lamentamos a morte de alguém jovem.
como quando pensamos, de moto próprio, que a vida é um eterno contrário, uma corrida rumo a um fim pré-anunciado mas jamais revelado.
hoje talvez eu fique lá no bar - embora o marião e turma estejam fora, em araraquara (se bem que acho que eles voltam ainda pela madrugada).
e talvez aconteça o mesmo que da última vez - eu capotar e dormir umas três horas no sofá até ser acordado e jogado de volta à rua de onde todos somos originários.
ou talvez volte mesmo para casa no final de noite.
ou talvez volte para casa de manhã mesmo.
não sei.
sei apenas que as horas parecem se estender de forma esquisita este tempo todo. como se não capturassem a sua real essência, sua virtual importância. sem saber se são elas que se vão ou se somos nós.
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