O grupo Silenciosas + GT’Aime segue a metodologia desenvolvida por Diogo Granato em suas pesquisas de dança artesanal. Granato propõe investigar o desenvolvimento da dança a partir dos movimentos próprios aos dançarinos envolvidos e o desenvolvimento de partituras expressivas também a partir das próprias experiências dos mesmos dançarinos. O Solos de Duos mostra o resultado dessas pesquisas em partituras sugeridas pelos dançarinos a partir de argumentos com o mote relacionamentos amorosos. O espetáculo consiste de dez momentos em que cada dançarino em especial (dois momentos para cada dançarino) desenvolve sua partitura, sendo acompanhado ao longe, em movimentos mais contidos, pelos outros elementos do grupo. Todos os argumentos, que têm algo de clichê, algo que o próprio Diogo ressalta como proposital, envolvem movimentos próprios a cada dançarino e são acompanhados por partituras coletivas. Ora um dançarino desenvolve seus movimentos e os outros descansam em bancos ou deitados apoiados em travesseiros, ora os dançarinos como um todo desenvolvem movimentos comuns. Difícil expressar em palavras os movimentos. Diria que tudo começa com leves movimentos das mãos, como que expressando um e daí?, seguidos pelo movimento de embalar uma criança fictícia. Em seguida, e aos poucos, ocorre cada momento. Há desde dançarina que desenvolve partitura de dança aparentemente clássica, passando por dançarina que utiliza movimentos expressivos como o balançar da cabeça espalhando o cabelo às vistas do público – superengraçado, também – até partitura em que a dançarina mal descansa em pé e outra em que os movimentos lembram as quebras de dançarinos à la Michael Jackson. Os momentos fazem amplo uso do espaço da sala e a iluminação ressalta um ou outro desses momentos. Tudo termina como começou, pela mesma música e pelos mesmos movimentos contidos. A apresentação é interessante e alguns movimentos, realmente expressivos. Amo. E eu já havia visto.
Da primeira vez que assisti a Gargólios, do Gerald (Thomas), na estréia, achei que não havia entendido. Alguns problemas aconteceram durante o espetáculo (a jovem pendurada, sangrando, passou mal duas vezes, as legendas estavam fora de sincronia, etc.) e um clima estranho parecia haver tomado conta do elenco - ou pelo menos assim eu percebi. De resto, entrei mudo e saí calado. Mas eu já havia combinado assistir novamente o espetáculo, com a Franciny e a Lulu. Minha opinião era de que o Gerald, como de praxe, iria mexer no resultado. Por isso, a opinião ficaria para depois. À la Kant, suspendi meu juízo. Ontem assisti pela segunda vez ao espetáculo. E para minha surpresa muito pouco mudou. Então era isso mesmo. Lembro de que minha última imagem do palco foi ter visto o Gerald saindo orgulhoso. A Franciny disse meu nome a alguem da produção, pedindo para falar com o Gerald. Ele não iria atender, e não atendeu. Lembro-me agora de Terra em trânsito, a peça dele com a Fabi (Fabiana Guglielm
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