A peça escrita por Leprevost foi a primeira de uma série de peças selecionadas num concurso no Sul do país e que Alvim decidiu apresentar de graça nos dias de semana no Club Noir. A peça já foi aqui resenhada, mas cabe ainda falar do texto, cujas características chamam a atenção. Primeiro pela ausência quase absoluta de trama, pela ausência também quase absoluta de personagens, e pelo caráter fragmentado do texto como um todo, separado por “silêncios” (escritos), e por capítulos, cada qual um enigma por si só. A peça foi lida por Alvim de uma forma em especial, podendo contudo ser lida de outras formas, a depender do diretor e de outras determinações, tanto em figurino, personagens ou mesmo adaptação da trama. A peça transcorre em 40 minutos e chama a atenção pelo inusitado dos personagens, pela empatia do personagem principal, Hieronymus, quiçá baseado no pintor Hieronymus Bosch, e pela encenação bem eficiente.
Da primeira vez que assisti a Gargólios, do Gerald (Thomas), na estréia, achei que não havia entendido. Alguns problemas aconteceram durante o espetáculo (a jovem pendurada, sangrando, passou mal duas vezes, as legendas estavam fora de sincronia, etc.) e um clima estranho parecia haver tomado conta do elenco - ou pelo menos assim eu percebi. De resto, entrei mudo e saí calado. Mas eu já havia combinado assistir novamente o espetáculo, com a Franciny e a Lulu. Minha opinião era de que o Gerald, como de praxe, iria mexer no resultado. Por isso, a opinião ficaria para depois. À la Kant, suspendi meu juízo. Ontem assisti pela segunda vez ao espetáculo. E para minha surpresa muito pouco mudou. Então era isso mesmo. Lembro de que minha última imagem do palco foi ter visto o Gerald saindo orgulhoso. A Franciny disse meu nome a alguem da produção, pedindo para falar com o Gerald. Ele não iria atender, e não atendeu. Lembro-me agora de Terra em trânsito, a peça dele com a Fabi (Fabiana Guglielm
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