assistindo às peças do francisco carlos, e reparando nas minhas, digo, nas que crio e às vezes apresento, veio-me uma constatação: cara, por que é que nele e em mim, e em bastante que vejo por aí, latão inclusive, há tão poucos diálogos, dominando quase sempre os monólogos?
 estranho, isso.
 estranhando também a seriedade ou pretensa seriedade do que vemos por aí no meio, agora meto-me a ler as comédias de maria carmem barbosa e miguel falabella.
 confesso: não ia com a cara dele.
 mas avistei e folheei o seu último livro e achei do caralho. não comprei, mas achei.
 fato é que hoje, ao folhear o livro que comprei e outro da claudia vasconcellos, veio-me de novo essa percepção: cara, que chatice essa moda de textos à la beckett, de personagens inexistentes, etc. e tal. sabem do que falo.
 não é nada a ver com o que o lúcio jr. faz, de que gosto, aliás. tem a ver com algo de influência europeizante que ainda me enche o saco - refiro-me a influenciar-me.
 deixo como uma vírgula para ...
Foto: Kenn Yokoi