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Suzuki (filosofia) e Fukushima (dança)

Saio em busca de conexões que me façam tornar viva a música naquilo que pretendo - teatro, cinema e, por que não, quem sabe um vídeo ou mesmo tv -, e após encontrar um "achado" (nem vou falar sobre isso agora) não é que vejo o Márcio Suzuki, ex-profe na fefeleche, com uma garota e ele muito feliz em me ver? Fico extremamente contente ao falar com ele, e fico ainda mais contente ao reparar que, de alguma forma, deixei uma boa impressão nesses que cotidianamente enfrentava - em aulas, tentando entendê-los - e dos quais apreendi uma vontade indômita de aprender sem limites? A garota que tava com ele não disfarçava o mal-estar ao ele me cumprimentar de forma tão efusiva, e isso deixou-me tremendamente tímido na hora - o que não me impediu de dizer-lhe minhas últimas conquistas e de, de alguma forma, reestabelecer um contato - algo que pretendo retomar dia destes. Não abandonei a filosofia, não; simplesmente naquela época eu não conseguia estudar, não me deixavam, aqui e acolá, e agora - vislumbrando algum futuro, também - começo a estabelecer novos critérios de estudo para tudo que me espera.



Mas descanso, agora, após um espetáculo memorável com o Edu Fukushima de outrora, e grande memória, e grupo. Pois a ligação com a dança não é de agora, não mesmo. Eu já vira muita coisa interessante desde que meus horários passaram a ser mais meus, e muita coisa que me deixara a impressão, ao ver coisas por aqui, de déja vu bem incômodo. Pois realmente sempre bebi das melhores fontes, e este pessoal que se apresentou no CCSP deixa grandes pegadas em meu íntimo, pegadas que me levam aos poucos a voltar ao trabalho de corpo, a esse trabalho que torna expressiva minha passagem por dentro de mim mesmo. Pois sendo ser e instrumento o corpo é ainda mais do que muitos, que não fazem exercícios focados na expressão, podem sequer vislumbrar. O corpo é muito mais, e eu passei sim por processos que me fizeram aceitá-lo e torná-lo expressivo de diversas formas, que acabaram me libertando grandemente de diversos problemas internos e psicológicos, poderia bem dizer. Ainda terei de escrever a respeito do espetáculo, mas aqui deixo apenas a impressão leve que eles me fizeram carregar até chegar em casa. O que não foi pouco, mas sempre é inevitavelmente insuficiente. 

Descubro verdade pessoal que deve mudar meus dias e noites, daqui em diante. Mas isto não é diário nem confessionário.

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