ainda com respeito à peça. é interessante ver COMO o espectador TRADUZ em significado algo que eu faço de caso pensado mas que não recai NO MESMO significado. é como se ele, o espectador, lesse o ator DE SUA MANEIRA PRÓPRIA, e este não tivesse muito o que fazer, ou só o pudesse restrito aos seus limites expressivos. não aparecemos ao outro como queremos, em última instância, mas como SOMOS. claro que aqui há muito a fazer. tornar o próprio corpo um meio requererá muito trabalho de bastidor. daí tantas oficinas que seria legal fazer. começo a entender que trabalhar melhor meu corpo não deve necessariamente retirar a espontaneidade do movimento que é meu e que o Marião percebeu a ponto de me escalar. tudo em dias e noites, de Lucas Mayor, direção de Mário Bortolotto, com a cia. la plongée, toda terça e quarta, 21h, frei caneca, 384, 20 pilas.
Foto: Kenn Yokoi
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