venho deixando que o teatro entre em minha vida.
mas não é APENAS no teatro que eu quero estar. é na vida.
explico.
não consigo gostar da vida que passa à minha frente. tão entediante. tão chocha.
não porque eu seja pobre, e sou. e ser pobre é ver o tempo passar. não, não é por isso. é porque avancei demais no conhecimento, no fruir das sensações intelectuais, e pouco consegue acrescentar a isso que eu vejo todo dia. não consigo rir direito. nada me faz rir. nada me faz chorar. nada faz com que me espante. passo a vida como que numa bolha, tendo onde trabalhar, o que comer, como pagar as contas. mas sinto um vazio enorme.
não que sinta solidão. não sinto.
mesmo agora, que estou há mais de um ano sozinho, após ter-me separado, não sinto solidão, não. gosto, sim, de estar com os amigos, e melhor mesmo com amigas, mas não me sinto isolado. tenho muito a fazer.
o problema é que, se por um lado tenho léguas e léguas a percorrer, do outro as peças me chamam, e passo a vida em meio a elas. quase todo dia tem teatro na minha vida. seja enquanto oficina, ensaio, peça, crítica, o escambau. hoje perdi a conversa com o ruy na sp escola de teatro.
e tem pelo menos duas peças que mato para ver.
o alvim, do noir, comenta de suas dramáticas do transumano quanto à criação de novas experiências sensoriais, estéticas. ele o faz com a convicção de quem quer trilhar algo novo. comigo é diferente. eu busco o novo porque o velho me irrita. é tão pobre. não que eu queira tanto inovar. eu simplesmente quero ousar mais, fazer meu cérebro e meu coração sofrer ao ver o que me provoca. não quero sair satisfeito como se estivesse comendo em restaurante japonês.
só o teatro me dá esse susto. o cinema é domesticado demais. controlado. a tv, então, nem pensar. é uma bosta completa. nada se salva.
daqui a pouco vou tentar assistir uma peça lá na barra funda. é longe daqui, bem longe, não tenho a menor garantia de conseguir ingresso e é o último dia.
a peça? já me falaram bem e mal. me disseram que é legal. me disseram que nem tanto. claro que quando surgem os mais experientes, os mais novos se calam e ficam na sua.
eu tenho este meu espaço. e sei que muitos dos que me rodeiam me lêem. por que me perguntam tanto o que acho? porque querem saber mais PARA SI.
tudo bem.
começo a conseguir sair do sufoco. refiro-me a grana.
mas independente de qualquer coisa, você irá sim me ver por aí. em teatros. cansado de mim. em busca de um eu que não consigo encontrar.
mas não é APENAS no teatro que eu quero estar. é na vida.
explico.
não consigo gostar da vida que passa à minha frente. tão entediante. tão chocha.
não porque eu seja pobre, e sou. e ser pobre é ver o tempo passar. não, não é por isso. é porque avancei demais no conhecimento, no fruir das sensações intelectuais, e pouco consegue acrescentar a isso que eu vejo todo dia. não consigo rir direito. nada me faz rir. nada me faz chorar. nada faz com que me espante. passo a vida como que numa bolha, tendo onde trabalhar, o que comer, como pagar as contas. mas sinto um vazio enorme.
não que sinta solidão. não sinto.
mesmo agora, que estou há mais de um ano sozinho, após ter-me separado, não sinto solidão, não. gosto, sim, de estar com os amigos, e melhor mesmo com amigas, mas não me sinto isolado. tenho muito a fazer.
o problema é que, se por um lado tenho léguas e léguas a percorrer, do outro as peças me chamam, e passo a vida em meio a elas. quase todo dia tem teatro na minha vida. seja enquanto oficina, ensaio, peça, crítica, o escambau. hoje perdi a conversa com o ruy na sp escola de teatro.
e tem pelo menos duas peças que mato para ver.
o alvim, do noir, comenta de suas dramáticas do transumano quanto à criação de novas experiências sensoriais, estéticas. ele o faz com a convicção de quem quer trilhar algo novo. comigo é diferente. eu busco o novo porque o velho me irrita. é tão pobre. não que eu queira tanto inovar. eu simplesmente quero ousar mais, fazer meu cérebro e meu coração sofrer ao ver o que me provoca. não quero sair satisfeito como se estivesse comendo em restaurante japonês.
só o teatro me dá esse susto. o cinema é domesticado demais. controlado. a tv, então, nem pensar. é uma bosta completa. nada se salva.
daqui a pouco vou tentar assistir uma peça lá na barra funda. é longe daqui, bem longe, não tenho a menor garantia de conseguir ingresso e é o último dia.
a peça? já me falaram bem e mal. me disseram que é legal. me disseram que nem tanto. claro que quando surgem os mais experientes, os mais novos se calam e ficam na sua.
eu tenho este meu espaço. e sei que muitos dos que me rodeiam me lêem. por que me perguntam tanto o que acho? porque querem saber mais PARA SI.
tudo bem.
começo a conseguir sair do sufoco. refiro-me a grana.
mas independente de qualquer coisa, você irá sim me ver por aí. em teatros. cansado de mim. em busca de um eu que não consigo encontrar.
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