fui convidado pela tati, minha amiga, a assistir seu show. ela me pediu para escrever sobre ele.
meio provinciano, e apesar de praticamente só gostar de músicas em inglês, eu sempre desconsiderei shows que se propõem captar a tradição de um país ou região e em que só se canta na língua desses povos. eu pensava, porra, vocês estão aqui, carai.
até ontem.
eu fiz francês um tempo. sei ler mais ou menos - coisas mais avançadas eu peno. mas sei como é o gosto de ouvi-lo, ouvir sua sonoridade, seu desenrolar no ar e no tempo. mas sempre tive dificuldade em falar em francês.
a tati viveu alguns anos por lá e, eu fico pasmo, também passou por esse desconhecimento vergonhoso. hoje ela é craque. ela contou um episódio de sua chegada em paris (ou outra cidade?).
no começo, a estranheza. mas aos poucos o ouvido se acostumou e a beleza de músicas que - algumas eu não reconhecia - fazem parte da tradição francesa encheu o recinto - que estava lotado (madeleine bar, na vila madalena). continuava sem entender bulhufas, mas passei a sentir-me bem, reconfortado. como se entendesse.
o som atrapalhou um pouco no começo. o registro da tati se dá superbem em quase todas as situações e, quando não, ela arranja um meio de ultrapassar qualquer dificuldade. como em ne me quitte pas, por exemplo.
tudo bem chique, como convinha ao momento.
o tempo passou que nem um raio. metade do show, ela cantou inclusive uma música própria, bem engraçadinha - se bem que não entendi porra nenhuma. tudo bem.
foi então que eu entendi o que é o congraçamento entre os povos. daí a troca, a leveza, a simpatia do momento. por um instante, somos todos franceses - como eles, em outros momentos, são brasileiros.
podem achar que só porque a tati é minha amiga que estou falando tão bem de tudo. bobagem. ela me disse para escrever o que senti e eis aqui o resultado.
ao final, abraços e beijos, ficou o desejo de querer mais. ou de retomar os estudos na língua, tão bela e tão esquecida por muitos.
ah, e os pais do mauricio, marido da tati, fizeram 47 anos de casados. que inveja.
meio provinciano, e apesar de praticamente só gostar de músicas em inglês, eu sempre desconsiderei shows que se propõem captar a tradição de um país ou região e em que só se canta na língua desses povos. eu pensava, porra, vocês estão aqui, carai.
até ontem.
eu fiz francês um tempo. sei ler mais ou menos - coisas mais avançadas eu peno. mas sei como é o gosto de ouvi-lo, ouvir sua sonoridade, seu desenrolar no ar e no tempo. mas sempre tive dificuldade em falar em francês.
a tati viveu alguns anos por lá e, eu fico pasmo, também passou por esse desconhecimento vergonhoso. hoje ela é craque. ela contou um episódio de sua chegada em paris (ou outra cidade?).
no começo, a estranheza. mas aos poucos o ouvido se acostumou e a beleza de músicas que - algumas eu não reconhecia - fazem parte da tradição francesa encheu o recinto - que estava lotado (madeleine bar, na vila madalena). continuava sem entender bulhufas, mas passei a sentir-me bem, reconfortado. como se entendesse.
o som atrapalhou um pouco no começo. o registro da tati se dá superbem em quase todas as situações e, quando não, ela arranja um meio de ultrapassar qualquer dificuldade. como em ne me quitte pas, por exemplo.
tudo bem chique, como convinha ao momento.
o tempo passou que nem um raio. metade do show, ela cantou inclusive uma música própria, bem engraçadinha - se bem que não entendi porra nenhuma. tudo bem.
foi então que eu entendi o que é o congraçamento entre os povos. daí a troca, a leveza, a simpatia do momento. por um instante, somos todos franceses - como eles, em outros momentos, são brasileiros.
podem achar que só porque a tati é minha amiga que estou falando tão bem de tudo. bobagem. ela me disse para escrever o que senti e eis aqui o resultado.
ao final, abraços e beijos, ficou o desejo de querer mais. ou de retomar os estudos na língua, tão bela e tão esquecida por muitos.
ah, e os pais do mauricio, marido da tati, fizeram 47 anos de casados. que inveja.
Comentários
bisous!
Obrigado pelo elogio. o blog é meu: Rodrigo Contrera. Vc me acha no face como Rodrigo Humberto León Contrera. valeu
contrera