difícil não se sentir provocado ao ler e refletir algo sobre o legado de bob wilson. digo ler e refletir porque nunca vi nada DELE. e aquilo que tem no youtube, embora bonitinho, deixa demais a desejar, após ter lido o livro do galizia (os processos criativos de robert wilson).
o fato é que ele, assim como o kantor, deixam-me a impressão de não, nunca ter assistido a nada similar àquilo que eles há tempos já fizeram. como sentir um déja vu face um espetáculo em que nada acontece, e em que os vivos mais parecem mortos, e os mortos (bonecos) como que expressam a vida (kantor)? (se é que eu entendi bem). dele, do kantor, a gente acha algo mais convincente no youtube. mas do wilson, nada. ou muito pouco.
bob wilson convenceu-me por exemplo de que não precisamos seguir a rota dos clássicos - e por clássicos me refiro a todos esses que vemos citados aqui e acolá, por gente culta ou nem tanto, como referidos à arte contemporânea. não, realmente não preciso - mas posso querer - ler sobre o futurismo, o dadaísmo, marcel duchamp, john cage, etc. etc. pois não foi por essa via que ele, wilson, se fez. basta a reflexão retirada da questão do movimento, do movimento lento, lentíssimo, para mudar um pouco que seja nossa cabeça. pois pelo que percebo, nele inspirado, nos movimentamos sem saber que o fazemos e só podemos realmente descobri-lo refazendo o movimento continuadamente e m t o d o s e u d e t a l h a m e n t o (aqui imito kantor, o jeito da escrita). como entender o teatro após as descobertas de wilson em termos da recuperação dos movimentos - ou não bem recuperação, mas aproveitamento - de pessoas retardadas?
a silvia leblon, de quem fiz uma oficina e meia de palhaço, dizia: reparem nas crianças. eu já o fazia. mas com wilson reflito que talvez devesse reparar, mais que nas crianças, para aproveitar seus movimentos no nosso palhaço, mais que nos retardados, quiçá também nos afetados por males como de alzheimer ou parkinson, por que não. esse foi um relance meu, recente. e procurarei a respeito onde puder encontrar. sim, pois o que é o movimento neste momento pós-tudo? (é por isso que não critico o movimento nas peças do gerald, ele sabe mais do que ninguém o preço de repetir o realismo, o naturalismo, todos esses ismos que fazem da arte essa coisa sem graça que costumamos ver por aí).
carrego os livros do wilson e do kantor por aí. e meto-me a lê-los, mais ao do wilson, e sempre, sempre aproveitar algo fora do comum. algo que, claro, não vejo por aí, talvez porque os contemporâneos não os conheçam, ou os desprezem, ou os ignorem, ou mesmo não liguem para eles. mas para mim é diferente. quero tudo que possa mudar meu mundo (não à toa escrevo pela influência óbvia de wilson). e eu, que não preciso impostar minha existência, minha originalidade, não preciso também negar as influências. e - verão vocês - elas estarão numa metametametalinguagem do caralho nas minhas futuras, mas recentes, pecinhas.
é por isso que tanto divulgo e tanto tempo e esforço dediquei à leitura do kantor e do wilson. porque eles realmente causaram uma reviravolta no meu modo de pensar. tanto que ao ler sobre grotowski sinto-me novamente entediado, e ao saber que talvez não consiga ler o hierofania, do milaré, sobre o antunes, talvez eu mesmo nem queira me aprofundar. tanto a aprender, mas na prática, na prática...
o lúcio jr. diz que não sabe nada do wilson nem do kantor. e que por isso não opina. mas, meu caro, é por isso mesmo que fiz e faço resenhas, para divulgar a quem não conhece aquilo que só os iniciados parecem dominar para si mesmos... eu, que ando pelos próprios pés, e que sonho a rodo por nada, não preciso bancar o sabichão. eu não conheço e tudo bem. mas gostaria que todos conhecessem. porque é legal. só por isso.
(desculpem-me. não ficou bom).
o fato é que ele, assim como o kantor, deixam-me a impressão de não, nunca ter assistido a nada similar àquilo que eles há tempos já fizeram. como sentir um déja vu face um espetáculo em que nada acontece, e em que os vivos mais parecem mortos, e os mortos (bonecos) como que expressam a vida (kantor)? (se é que eu entendi bem). dele, do kantor, a gente acha algo mais convincente no youtube. mas do wilson, nada. ou muito pouco.
bob wilson convenceu-me por exemplo de que não precisamos seguir a rota dos clássicos - e por clássicos me refiro a todos esses que vemos citados aqui e acolá, por gente culta ou nem tanto, como referidos à arte contemporânea. não, realmente não preciso - mas posso querer - ler sobre o futurismo, o dadaísmo, marcel duchamp, john cage, etc. etc. pois não foi por essa via que ele, wilson, se fez. basta a reflexão retirada da questão do movimento, do movimento lento, lentíssimo, para mudar um pouco que seja nossa cabeça. pois pelo que percebo, nele inspirado, nos movimentamos sem saber que o fazemos e só podemos realmente descobri-lo refazendo o movimento continuadamente e m t o d o s e u d e t a l h a m e n t o (aqui imito kantor, o jeito da escrita). como entender o teatro após as descobertas de wilson em termos da recuperação dos movimentos - ou não bem recuperação, mas aproveitamento - de pessoas retardadas?
a silvia leblon, de quem fiz uma oficina e meia de palhaço, dizia: reparem nas crianças. eu já o fazia. mas com wilson reflito que talvez devesse reparar, mais que nas crianças, para aproveitar seus movimentos no nosso palhaço, mais que nos retardados, quiçá também nos afetados por males como de alzheimer ou parkinson, por que não. esse foi um relance meu, recente. e procurarei a respeito onde puder encontrar. sim, pois o que é o movimento neste momento pós-tudo? (é por isso que não critico o movimento nas peças do gerald, ele sabe mais do que ninguém o preço de repetir o realismo, o naturalismo, todos esses ismos que fazem da arte essa coisa sem graça que costumamos ver por aí).
carrego os livros do wilson e do kantor por aí. e meto-me a lê-los, mais ao do wilson, e sempre, sempre aproveitar algo fora do comum. algo que, claro, não vejo por aí, talvez porque os contemporâneos não os conheçam, ou os desprezem, ou os ignorem, ou mesmo não liguem para eles. mas para mim é diferente. quero tudo que possa mudar meu mundo (não à toa escrevo pela influência óbvia de wilson). e eu, que não preciso impostar minha existência, minha originalidade, não preciso também negar as influências. e - verão vocês - elas estarão numa metametametalinguagem do caralho nas minhas futuras, mas recentes, pecinhas.
é por isso que tanto divulgo e tanto tempo e esforço dediquei à leitura do kantor e do wilson. porque eles realmente causaram uma reviravolta no meu modo de pensar. tanto que ao ler sobre grotowski sinto-me novamente entediado, e ao saber que talvez não consiga ler o hierofania, do milaré, sobre o antunes, talvez eu mesmo nem queira me aprofundar. tanto a aprender, mas na prática, na prática...
o lúcio jr. diz que não sabe nada do wilson nem do kantor. e que por isso não opina. mas, meu caro, é por isso mesmo que fiz e faço resenhas, para divulgar a quem não conhece aquilo que só os iniciados parecem dominar para si mesmos... eu, que ando pelos próprios pés, e que sonho a rodo por nada, não preciso bancar o sabichão. eu não conheço e tudo bem. mas gostaria que todos conhecessem. porque é legal. só por isso.
(desculpem-me. não ficou bom).
Comentários
E QUEM NÃO OS TEM , REFAÇA HAMLET!
BOA, RODRIGO LEON...
PORK ACHASTES K NAO FICASTE LEGAL??
DIZER A EXPRESSAO DO QUE SENTIMOS SEMPRE SERA LEGAL E QUE SE FODAH QUEM NAO GOSTAR!!
Bjs
JO
http://coletivorosadopovo.blogspot.com/2011/03/blognovela-revista-cidade-sol.html
ISTO FOI UM TRANSITO CRITICO!!
KKKK
BEM....
_____________
POIS....
_____________
TALVES SEJA.....
________-_-
O CAOS INICIADO NOS TEMPOS MODERNOS!!!!
BEIJOS MEU QUERIDO.
JO