o velhinho é um tímido. que se combate dialogando a marteladas com a percussão das cordas do Steinway. incapaz de conviver com a desrazão espiritual reinante, o velhinho cecil entra sem invadir, sai sem escapar. reluta em confrontar olhares impondo o poder de sua poesia, tão apoiada em guturais como no desespero de conectar o presente com o passado para construir um melhor futuro. o entabular consigo mesmo obriga cecil a arremeter no piano compartilhando sentidos e aromas nas duas tão potentes formas de expressão (a música e a palavra, a palavra e a música). está-se diante de um colosso autosustentável, num solo que concentra as energias para conduzi-las ao infinito, e não face um virtuosismo inócuo, de pés de barro, egolátrico. folhas sem marca condensam o plano de obras complexas cujo aparecimento induz o imediato esfumar dos sentidos. importa é a nota a seguir, a postura a compor a figura, o respirar a conduzir a performance. cecil faz tanto teatro quanto música, e performance quant...
Foto: Kenn Yokoi