Inaugurando meus comentários sobre teatro, discorro algumas linhas sobre Roxo, de Jon Fosse, dirigido por Fernanda d'Umbra.
Texto: Diálogos precisos, quase sempre com algo não dito por detrás de aparente simplicidade. Mensagens não ditas que remetem quase sempre a cumplicidade, e que exigem ambigüidade chapada por parte dos atores.
Cenário: Necessariamente simplório, quase exigindo enxergar as irregularidades das paredes, tetos, instalações elétricas. Instrumentos com timbres arregaçados.
Atuações: Destaques para Fabiano Ramos (o guitarrista), com fragilidade irregular, Didio Perini (o baterista), com violência bate-pronto, e Júlia Novaes (a garota), de timbre metálico, transmitindo a falsa beleza das meninas superficiais.
Direção: Comedida, bem calculada, sem deixar a peteca cair. O texto flui maravilhosamente. O fim chega suavemente. Mal sente-se o tempo passar.
Agora, Faz de conta que tem sol lá fora, de Ivam Cabral, direção de Aline Meyer.
Texto: Diálogos redundantes, propositais, que convidam a curtir a superficialidade dos personagens. Caracterizações ciclotímicas (real-imaginário), em que os personagens fogem de situações (inaceitáveis) entrando em novas armadilhas. Texto irônico, que exige atenção dos atores e espectadores.
Cenário: Dentro-fora marcado por véus que conduzem a uma necessária claustrofobia na alma dos personagens e das tramas (todos são prisioneiros de si mesmos, de alguma forma).
Atuações: Jerusa Franco e Nilton Bicudo cumprem as atuações com alguns exageros (no começo, da parte dele) e com nervosismos contidos (mas que convencem). O texto, complexo, requereria ainda mais trabalho.
Direção: Discreta, mas sem destaques. A iluminação não ajuda nos momentos cruciais, e o quarto com véus impede os espectadores dos cantos de verem bem a cena. O quarto devia ser um losango (mais largo perto dos espectadores, mais estreito na parede oposta), para permitir melhor visão. Mas a saída seria difícil, tecnicamente falando.
Texto: Diálogos precisos, quase sempre com algo não dito por detrás de aparente simplicidade. Mensagens não ditas que remetem quase sempre a cumplicidade, e que exigem ambigüidade chapada por parte dos atores.
Cenário: Necessariamente simplório, quase exigindo enxergar as irregularidades das paredes, tetos, instalações elétricas. Instrumentos com timbres arregaçados.
Atuações: Destaques para Fabiano Ramos (o guitarrista), com fragilidade irregular, Didio Perini (o baterista), com violência bate-pronto, e Júlia Novaes (a garota), de timbre metálico, transmitindo a falsa beleza das meninas superficiais.
Direção: Comedida, bem calculada, sem deixar a peteca cair. O texto flui maravilhosamente. O fim chega suavemente. Mal sente-se o tempo passar.
Agora, Faz de conta que tem sol lá fora, de Ivam Cabral, direção de Aline Meyer.
Texto: Diálogos redundantes, propositais, que convidam a curtir a superficialidade dos personagens. Caracterizações ciclotímicas (real-imaginário), em que os personagens fogem de situações (inaceitáveis) entrando em novas armadilhas. Texto irônico, que exige atenção dos atores e espectadores.
Cenário: Dentro-fora marcado por véus que conduzem a uma necessária claustrofobia na alma dos personagens e das tramas (todos são prisioneiros de si mesmos, de alguma forma).
Atuações: Jerusa Franco e Nilton Bicudo cumprem as atuações com alguns exageros (no começo, da parte dele) e com nervosismos contidos (mas que convencem). O texto, complexo, requereria ainda mais trabalho.
Direção: Discreta, mas sem destaques. A iluminação não ajuda nos momentos cruciais, e o quarto com véus impede os espectadores dos cantos de verem bem a cena. O quarto devia ser um losango (mais largo perto dos espectadores, mais estreito na parede oposta), para permitir melhor visão. Mas a saída seria difícil, tecnicamente falando.
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