(ensaio aberto de 23/09/2007; estréia no Teatro Viga sexta-feira, 28/09; até 18/11) Longo (1h45), o ensaio aberto narra a história de Antoine, ao que parece espécie de alterego do autor (Martin Page), que, de discriminado por inteligente, busca inserção social e sucesso na vida. Page, que estará em São Paulo na estréia, usa com tal pretexto de artimanhas para desencavar questionamentos sobre o papel do intelectual (ou do homem mais do que medianamente inteligente) numa sociedade comandada pelo dinamismo dos interesses e da especulação monetária, emocional e sexual (dentre muitas outras). Daí o estúpido. Antoine conclui que precisa ser um para conseguir sobreviver. Daí que apela a tudo, à bebida, à tentativa de suicídio, e à (auto)medicação de antidepressivos. Quem, dos viventes em grandes cidades, já não passou ao menos por cogitar alguma dessas alternativas? Não à toa o texto torna certas idéias, à primeira cara meras sandices, imediatamente atraentes a quem se dispõe a gozar de si me...
Foto: Kenn Yokoi