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Mostrando postagens de agosto, 2015

Uma experiência

A SUZANA Desde que a Ulrika explicou o exercício, eu sabia que iria ser terrível. Eu nunca me senti amado. Não que eu não tenha sido amado. Mas eu nunca me senti amado, nem senti que eu tinha motivos para querê-lo. Não importa o porquê disso, que é muito pessoal e que no fundo se restringe à minha pessoa, minha história e minhas expectativas comigo e com o mundo, assim como com meus desejos. Daí que interpretar COMO EU DIRIA A ALGUÉM para me amar era quase um contrassenso. Até porque passei nos últimos dois anos pelo mais profundo e dramático processo a respeito, quase me matando fisicamente por causa disso. No caso, eu disse isso à Raquel por dois anos, joguei todas minhas fichas nisso, e consegui 7 noites de sexo, mais uma amizade que nem sei se tem esse nome. Não nos falamos mais desde nossa última discussão por whatsapp. A presença dela, até por email, hoje me incomoda. Mas gosto dela porque ela me ajudou demais e porque é uma boa pessoa. Mas não sei o que restou de tudo. Além...

Movimento Súplica-Contrição

Quando participava de ensaios para Esperando Godot, pelo Garagem 21 (César Ribeiro), fui defrontado pela primeira vez com o Método Suzuki. Não pude apreender muito dele, na ocasião, mas reparei como me machucava, física e psicologicamente, um determinado movimento de alongamento/aquecimento que consistia em alongar a coluna, no chão, com o alongamento respectivo dos braços à frente, mantendo uma das pernas cruzadas e forçando a região próxima às virilhas. Eu tive muita dificuldade nesse movimento em particular – tanto que o orientador achava que eu estava brincando ao não conseguir abaixar o meu tronco em relação ao chão. Por outro lado, como é possível perceber no primeiro movimento que eu, digamos, “bolei” (Movimento Nascimento-Luta em http://teatro.rcontrera.com.br/2015/08/movimento-nascimento-luta.html), nutro uma profunda reverência, desconhecimento e mitologia sobre movimentos que reduzem a presença corporal ao mínimo e que, no limite, referenciam-se ao nascimento do ser humano...

Movimento nascimento-luta

Tenho muita dificuldade em relaxar. Talvez seja essa a maior dificuldade física genérica que eu tenho. Não relaxo no dia a dia, nunca consegui relaxar no karatê (cheguei à faixa roxa, por volta dos anos 90), não consigo relaxar quando escrevo, nem quando faço sexo, nem quando converso e creio que nem quando durmo. Minha história a esse respeito é simples. Aos 6 anos, vi um golpe de Estado, do qual só me lembro dos sons das bombas e de algumas imagens. Sempre fui muito tímido. Um dia, fui ameaçado fisicamente e fiz karatê em seguida. Note-se que eu praticamente não tinha coordenação motora na época e que portanto os movimentos do karatê são quase os únicos que têm uma profunda identificação comigo. Com o karatê, fiquei uma pessoa violenta e traiçoeira e parei. Encaro os contatos como possíveis ameaças e sendo assim fico sempre na defensiva. Só muito recentemente (mesmo, tipo semanas) venho conseguindo encontrar uma forma de EU falar sem que dê margem a sensações de ameaça vindas da...

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - Crítica

MODOS DE PRODUÇÃO E CRIAÇÃO NO TEATRO E POLÍTICAS PÚBLICAS AZEVEDO, José fernando. ARAÚJO, Antonio. TENDLAU, Maria. Próximo ato, teatro de grupo . São Paulo: Instituto Itaú Cultural, 2011 (Observar especialmente o dossiê “políticas da forma” – textos de Paulo Arantes, Oscar Cornago, José Fernando Peixoto de Azevedo e Kil Abreu). ABREU, Kil. “A dialética das condições e a fatura estética no teatro de grupo”,     em: Subtexto – Revista de teatro do Galpão Cine Horto . No. 5. Ed. CPMT/Galpão Cine Horto, Dez 2008 (enviarei a edição) COELHO, Teixeira. Dicionário Crítico de Políticas Culturais. São Paulo, Iluminuras, 1997. MELO, Lessi.  GOMES, Carlos. Fomento ao teatro, 12 anos. São Paulo: Secretaria Municipal de cultura, 2014 ESTÉTICAS DO TEATRO. TEORIAS DO TEATRO E ESTÉTICAS DO  TEATRO CONTEMPORÂNEO BORIE, Monique. Estética teatral – Textos de Platão a Brecht. Ed. Calouste Gulbenkian. Lisboa, 2000 ARAÚJO, Antonio. “A enc...