A SUZANA Desde que a Ulrika explicou o exercício, eu sabia que iria ser terrível. Eu nunca me senti amado. Não que eu não tenha sido amado. Mas eu nunca me senti amado, nem senti que eu tinha motivos para querê-lo. Não importa o porquê disso, que é muito pessoal e que no fundo se restringe à minha pessoa, minha história e minhas expectativas comigo e com o mundo, assim como com meus desejos. Daí que interpretar COMO EU DIRIA A ALGUÉM para me amar era quase um contrassenso. Até porque passei nos últimos dois anos pelo mais profundo e dramático processo a respeito, quase me matando fisicamente por causa disso. No caso, eu disse isso à Raquel por dois anos, joguei todas minhas fichas nisso, e consegui 7 noites de sexo, mais uma amizade que nem sei se tem esse nome. Não nos falamos mais desde nossa última discussão por whatsapp. A presença dela, até por email, hoje me incomoda. Mas gosto dela porque ela me ajudou demais e porque é uma boa pessoa. Mas não sei o que restou de tudo. Além...
Foto: Kenn Yokoi