preciso fazer um balanço.
dos meses que se foram, de todas as emoções que vivi, dos trampos que peguei e das lições que levei comigo.
não vou dizer o que outros (envolvidos) pensam a respeito. importam os fatos, como me senti e o que auferi disso tudo.
bom, fato é que desde setembro eu vivi uma relação estranha.
conheci uma garota, começamos a sair, rolou e rolou novamente, continuamos saindo (e ela, também com outro cara), eu acabei me apaixonando, pedi várias vezes ela em namoro, ela recusou todas as vezes mas não estabelecia um ponto final, fui ficando desesperado, até o momento em que brigamos muito forte justo na passagem do ano e rompemos, reatamos e rompemos. continuamos nos vendo por web, mas a alguns dias não nos falamos. ela quer dar um basta em tudo. está namorando com aquele outro cara.
tudo aconteceu durante minhas férias, e não poderia ter sido diferente. gastei horas e horas sofrendo e pensando nela, na relação e tudo, mas isso não deu em nada. acabei ficando sozinho novamente.
mas caras, como aprendi. não sou hoje o mesmo cara de outrora, não mesmo. ela me contou muitas coisas sobre relações entre homem e mulher, sobre a chamada corte entre os sexos, e me disse claramente tudo o que estava, digamos, errado em mim. ainda existem algumas coisas erradas. mas mudei radicalmente. muitos erros que cometia não cometo mais, e consigo estabelecer relações sem sofrer tanto, mas ao mesmo tempo me revelando mais, a mim e ao outro. ainda há coisas que fazem com que eu seja de certa forma bizarro, mas isso não posso destruir assim tão de repente. é tudo parte de um processo.
ocorre que hoje voltei ao trabalho - sou editor de duas revistas. e como de se esperar a rotina começou a me dominar novamente. todos meus esforços rumo a algo diferente parecem redundar em nada. mas é besteira. preciso trabalhar. simplesmente preciso. já o meu contato com meus colegas e minhas colegas torna-se aos poucos diferente. não é o mesmo falar com alguém que se dispõe a nos ouvir, porque nós nos dispomos a ouvi-lo. começa a haver troca entre eu e os outros. as pessoas sorriem mais, conversam mais, trocam mais ideias, relaxam. não preciso conseguir nada. quero algo. mas não me deixo dominar pela ansiedade.
de lá para cá, continuei atuando - agora em peça do marião. e posteriormente em peças adaptadas por ele. aprendendo barbaridade e vendo que o aprendizado rende frutos - dado que consigo dirigir seguindo as indicações dos melhores. não fico mais tão inseguro ao fazer o que preciso fazer. e os outros parecem perceber. no caso, outras. seis atrizes com as quais apresentaremos uma minipeça no club noir na terça, 21.
as lições foram tantas que nem consigo saber como começar.
a primeira, creio, tem a ver com humildade. com perceber o outro. com sentir que nós não podemos tudo. que para tudo há limites. que as pessoas escolhem e que não temos nada com isso. nós mesmos escolhemos. eu sentia, porém, que não escolhia, e agora percebo que não, eu escolho, sim. e isso faz com que me sinta mais responsável por meus passos, que dou de qualquer jeito, mas dou agora sabendo que o faço.
há tantos universos agora que posso ter, digo, posso ter a liberdade de conhecer. conversar com alguém deixou de ser um simples bate-papo, passou a ser uma investigação ao redor do outro rodeando a mim mesmo. é interessante como posso auferir ganhos de simples conversas descompromissadas e como posso entender as coisas pela forma como elas transcorrem, simplesmente. sinto-me num turbilhão, a maior parte das vezes. mas é aí que precisamos de calma. muita calma nessa hora. um título de filme, inclusive.
hoje tem ensaio - meu segundo profissional, que eu dirijo e no qual tenho 6 atrizes trabalhando em conjunto. tanto aprendi com o marião, com o loureiro e com a lulu. sinto que pareço outra pessoa. a humildade meio que me transmutou, embora não completamente, pois ainda me ocorrem quedas no egocentrismo. mas foi tão bonito ontem elas perceberem onde podemos chegar. foram elas que me levaram a continuar. pois fomos todos, em conjunto, percebendo como tudo pode adquirir sempre mais vida. sinto-me enlevado pelo esforço de fazer algo que todos valorizamos tanto. é bonito.
mas o maior dos aprendizados se deu realmente no meu interior. caí na real. não vivo sozinho. não posso viver sozinho. preciso do outro. preciso dos outros. amo os outros. e ao dizer isso percebo o quanto ainda posso progredir. imagino que o fruto de tanto esforço venha com o tempo. que as pessoas legais me apresentem mais pessoas legais, e que um dia, quem sabe, eu consiga olhar no fundo dos olhos de alguém e ver a mim mesmo, e ela a si mesma. nada é proibido nessa busca. tudo é permitido. tudo é permitido para ser feliz.
dos meses que se foram, de todas as emoções que vivi, dos trampos que peguei e das lições que levei comigo.
não vou dizer o que outros (envolvidos) pensam a respeito. importam os fatos, como me senti e o que auferi disso tudo.
bom, fato é que desde setembro eu vivi uma relação estranha.
conheci uma garota, começamos a sair, rolou e rolou novamente, continuamos saindo (e ela, também com outro cara), eu acabei me apaixonando, pedi várias vezes ela em namoro, ela recusou todas as vezes mas não estabelecia um ponto final, fui ficando desesperado, até o momento em que brigamos muito forte justo na passagem do ano e rompemos, reatamos e rompemos. continuamos nos vendo por web, mas a alguns dias não nos falamos. ela quer dar um basta em tudo. está namorando com aquele outro cara.
tudo aconteceu durante minhas férias, e não poderia ter sido diferente. gastei horas e horas sofrendo e pensando nela, na relação e tudo, mas isso não deu em nada. acabei ficando sozinho novamente.
mas caras, como aprendi. não sou hoje o mesmo cara de outrora, não mesmo. ela me contou muitas coisas sobre relações entre homem e mulher, sobre a chamada corte entre os sexos, e me disse claramente tudo o que estava, digamos, errado em mim. ainda existem algumas coisas erradas. mas mudei radicalmente. muitos erros que cometia não cometo mais, e consigo estabelecer relações sem sofrer tanto, mas ao mesmo tempo me revelando mais, a mim e ao outro. ainda há coisas que fazem com que eu seja de certa forma bizarro, mas isso não posso destruir assim tão de repente. é tudo parte de um processo.
ocorre que hoje voltei ao trabalho - sou editor de duas revistas. e como de se esperar a rotina começou a me dominar novamente. todos meus esforços rumo a algo diferente parecem redundar em nada. mas é besteira. preciso trabalhar. simplesmente preciso. já o meu contato com meus colegas e minhas colegas torna-se aos poucos diferente. não é o mesmo falar com alguém que se dispõe a nos ouvir, porque nós nos dispomos a ouvi-lo. começa a haver troca entre eu e os outros. as pessoas sorriem mais, conversam mais, trocam mais ideias, relaxam. não preciso conseguir nada. quero algo. mas não me deixo dominar pela ansiedade.
de lá para cá, continuei atuando - agora em peça do marião. e posteriormente em peças adaptadas por ele. aprendendo barbaridade e vendo que o aprendizado rende frutos - dado que consigo dirigir seguindo as indicações dos melhores. não fico mais tão inseguro ao fazer o que preciso fazer. e os outros parecem perceber. no caso, outras. seis atrizes com as quais apresentaremos uma minipeça no club noir na terça, 21.
as lições foram tantas que nem consigo saber como começar.
a primeira, creio, tem a ver com humildade. com perceber o outro. com sentir que nós não podemos tudo. que para tudo há limites. que as pessoas escolhem e que não temos nada com isso. nós mesmos escolhemos. eu sentia, porém, que não escolhia, e agora percebo que não, eu escolho, sim. e isso faz com que me sinta mais responsável por meus passos, que dou de qualquer jeito, mas dou agora sabendo que o faço.
há tantos universos agora que posso ter, digo, posso ter a liberdade de conhecer. conversar com alguém deixou de ser um simples bate-papo, passou a ser uma investigação ao redor do outro rodeando a mim mesmo. é interessante como posso auferir ganhos de simples conversas descompromissadas e como posso entender as coisas pela forma como elas transcorrem, simplesmente. sinto-me num turbilhão, a maior parte das vezes. mas é aí que precisamos de calma. muita calma nessa hora. um título de filme, inclusive.
hoje tem ensaio - meu segundo profissional, que eu dirijo e no qual tenho 6 atrizes trabalhando em conjunto. tanto aprendi com o marião, com o loureiro e com a lulu. sinto que pareço outra pessoa. a humildade meio que me transmutou, embora não completamente, pois ainda me ocorrem quedas no egocentrismo. mas foi tão bonito ontem elas perceberem onde podemos chegar. foram elas que me levaram a continuar. pois fomos todos, em conjunto, percebendo como tudo pode adquirir sempre mais vida. sinto-me enlevado pelo esforço de fazer algo que todos valorizamos tanto. é bonito.
mas o maior dos aprendizados se deu realmente no meu interior. caí na real. não vivo sozinho. não posso viver sozinho. preciso do outro. preciso dos outros. amo os outros. e ao dizer isso percebo o quanto ainda posso progredir. imagino que o fruto de tanto esforço venha com o tempo. que as pessoas legais me apresentem mais pessoas legais, e que um dia, quem sabe, eu consiga olhar no fundo dos olhos de alguém e ver a mim mesmo, e ela a si mesma. nada é proibido nessa busca. tudo é permitido. tudo é permitido para ser feliz.
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